UGT aceita "solução intermédia" para presidir ao CES se houver consenso

Silva Peneda, que vai assumir funções em Bruxelas, presidiu esta quarta-feira à sua última reunião.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou esta terça-feira que a central sindical está disponível para aceitar uma "solução intermédia" para presidir ao Conselho Económico e Social (CES) até ao fim da legislatura, se houver consenso entre os parceiros.

Carlos Silva, que falava após a última reunião do CES presidida por Silva Peneda, que abandona o cargo para ir desempenhar funções em Bruxelas, afirmou que a UGT vai aguardar "para ver se há fumo branco" depois da reunião do conselho coordenador marcada para quarta-feira.

"Aguardamos pelo nome que será apresentado amanhã [quarta-feira] por Silva Peneda", afirmou o sindicalista, adiantando que a "solução intermédia" para presidir ao CES até às eleições passa por um dos vice-presidentes, "se houver consenso dos parceiros sociais".

Além disso, sublinhou, é preciso que os partidos da Assembleia da República, nomeadamente o PSD, o CDS e o PS, concordem com esta possibilidade.

Carlos Silva admite que esta solução, que era defendida pelo PS, não corresponde aos desejos da UGT ou da CGTP.
"É a solução que o PS defende, é uma solução que a UGT não defendia, nem defende, nem a própria CGTP. Se houver amanhã [quarta-feira] consenso para que seja uma solução intermédia, essa solução só vingará até ao final da legislatura", destacou o líder da UGT.

Após a tomada de posse de um novo governo, "o próximo presidente do CES tem a via aberta: ou mantemos o nome de João Proenca [ex-secretário-geral da UGT] ou poderá dar-se a possibilidade de uma continuidade daquele que for agora objecto da solução intermédia", acrescentou.

O presidente do CES marcou uma reunião do conselho coordenador para quarta-feira para propor que as suas funções sejam asseguradas, até ao final do mandato, pelo presidente da União das Misericórdias e vice-presidente do CES, Manuel Lemos. Os outros vice-presidentes do CES são o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, o presidente da CIP, António Saraiva, e o administrador do Montepio, José Serra.

Cabe ao Parlamento eleger o presidente do CES no início de cada legislatura, mas, só na semana passada, os dois partidos com maior representação na Assembleia da República chegaram a um entendimento para agendar a eleição do novo presidente para o dia 15 de Maio.

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