UE "pronta para negociar" com Syriza, mas recorda “acordos feitos no passado”

Comissão Europeia e presidente do Eurogrupo reagiram com prudência à vitória do Syriza nas eleições gregas.

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Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo FRANCOIS LENOIR/REUTERS

Os responsáveis políticos europeus mostraram esta segunda-feira disponibilidade para negociar com o Governo que vier a ser formado pelo Syriza, mas assinalaram que os acordos assinados no passado pela Grécia são para cumprir.

Em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira em Bruxelas, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, afirmou que a instituição "respeita a escolha soberana e democrática do povo grego”. "Estamos prontos para negociar com o governo grego assim que for formado. A Grécia tem feito progressos notáveis nos últimos anos, e continuamos prontos a ajudar a Grécia a avançar nas reformas que faltam", disse.

O presidente do Eurogrupo – onde estão reunidos os ministros das Finanças dos 19 países da zona euro – também disse estar “preparado para começar a trabalhar” com o novo governo grego. Jeroen Dijsselbloem salientou, contudo, que “fazer parte da zona euro significa que é preciso respeitar o conjunto dos acordos feitos no passado”.

A expectativa é grande em relação ao futuro do programa de resgate grego, que expira a 28 de Fevereiro. Os ministros das Finanças da zona euro reúnem esta segunda-feira à tarde, e o tema principal da reunião será o programa de assistência à Grécia, devendo uma extensão do programa por alguns meses ser debatida.

Não haverá ainda decisões, já que o novo governo grego está em processo de formação. Qualquer decisão de extensão terá de ser solicitada oficialmente pela Grécia. É sabido que há vontade tanto dos parceiros europeus como da Grécia em chegar a acordo antes do próximo encontro de chefes de Estado e governo, a dia 12 de Fevereiro, no qual Tsipras tomará parte.

Já esta segunda-feira o primeiro-ministro finlandês, Alex Stubb, emitiu um comunicado em que declara que "se o governo grego se comprometer com os acordos prévios e as reformas estruturais necessárias, estamos prontos a discutir a possibilidade de estender o programa grego por uns meses". No entanto ressalva que a Finlândia "não vai aceitar nenhuma exigência para um perdão da dívida."

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