Tribunal obriga à realização de 25% do serviço do metro de Lisboa

Serviços mínimos para a greve de sexta-feira incidem sobre período entre as 7h e as 21h.

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Empresas de transporte são as grandes devedoras Rui Gaudêncio

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social decidiu fixar serviços mínimos para a greve do metro de Lisboa, agendada para sexta-feira. Assim, entre as 7h e as 21h devem ser “asseguradas em todas as estações e por cada período de uma hora de funcionamento 25% das composições habitualmente afectas ao transporte de passageiros”.

De acordo com o tribunal, no período que antecede o funcionamento da empresa (6h e 22h) devem estar assegurados serviços de manutenção e segurança dos equipamentos e das instalações.

Os sindicatos devem “identificar os trabalhadores adstritos” a cumprir os serviços mínimos até 24 horas antes da greve. Caso contrário, caberá à Metro de Lisboa designar os funcionários.

Os sindicatos que representam os trabalhadores do metro já tinham agendado uma greve para 10 de Abril que acabaram por desconvocar depois de o tribunal ter decretado serviços mínimos. A Fectrans (Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações), afecta à CGTP, justificou a decisão com a falta de segurança. Ainda não se sabe qual é a decisão do sindicato em relação à greve de sexta-feira.

Os trabalhadores da Carris, do Metropolitano de Lisboa, da Transtejo e da Soflusa (responsáveis pelas ligações fluviais no Tejo) também vão parar a 22 de Abril, em Lisboa, e organizam uma marcha “contra a privatização” daquelas quatro empresas de transportes, na sequência da decisão do Governo de as concessionar a privados ainda este ano.

A marcha, marcada para as 10h, terá início no Cais do Sodré e os trabalhadores convidam “as autarquias da região [de Lisboa] e, em particular, os seus presidentes, as comissões de utentes e todas as entidades e pessoas que se identifiquem com defesa de um serviço público de transportes e que se oponham à privatização destas empresas” a participar.

Já nesta quinta-feira, será a vez de a CP enfrentar uma nova greve, depois da paralisação de quatro dias que ocorreu na Páscoa. Neste caso, e ao contrário do que aconteceu naquele período, há serviços mínimos definidos.

 

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