Três arguidos do BPN acusados por compra de colecção de arte que envolveu quase seis milhões de euros

MP acusa arguidos de burla qualificada, fraude fiscal e falsificação.

Foto
BPN foi nacionalizado em 2008 e reprivatizado seis anos mais tarde. Rui Gaudêncio

O Ministério Público acusou três arguidos envolvidos no negócio de compra de uma colecção de arte por uma fundação e uma entidade da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), comunicou nesta segunda-feira o DCIAP.

A acusação foi proferida no dia 2 deste mês e os três arguidos foram indiciados da prática de burla qualificada, fraude fiscal e falsificação e, ainda a um deles, os ilícitos de branqueamento de capitais e detenção de arma proibida.

"A acusação reporta-se a negócios de venda de pretensos espólios arqueológicos, relativamente aos quais os arguidos convenceram duas entidades, uma Fundação e uma sociedade do ex-Grupo SLN, actual Galilei, a proceder à sua aquisição. Tal aquisição envolveu o pagamento de quantias de cerca de 6 milhões de euros", refere a nota do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Além desta colecção, o BPN tinha 82 quadros do pintor espanhol Miró e cinco milhões de moedas comemorativas do Euro2014 em futebol. Esta acusação insere-se no âmbito da investigação ao BPN, nacionalizado pelo Governo de José Sócrates em Novembro de 2008.

O processo principal, em que José Oliveira Costa, presidente e fundador do BPN, é o principal arguido, encontra-se em julgamento nas varas criminais de Lisboa desde 15 de Dezembro de 2010.

Oliveira Costa é acusado de burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade e fraude fiscal qualificada. O antigo presidente do BPN está a ser julgado juntamente com 14 arguidos e a empresa Labicer.

Sugerir correcção
Comentar