Transportadoras ponderam "formas de luta" para responder a aumento do ISP

Gasóleo e gasolina aumentam seis cêntimos por via deste imposto.

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Medida vale 360 milhões de euros Fernando Veludo/nfactos

O presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas disse que a associação está a "ponderar formas de luta" para contestar o aumento do imposto sobre o petróleo e a gasolina.

"Temos de chamar a atenção de todos os portugueses, porque são eles que vão pagar este acréscimo de preço. Há que deixar que ser mansos, chega de estarmos sempre pagar a factura de desgovernos", afirmou à agência Lusa o presidente da associação, Márcio Lopes, reagindo ao aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) inscrito na proposta do Orçamento do Estado para 2016.

Questionado sobre as "formas de luta" que a associação está a ponderar e sobre se essas iniciativas podem passar por uma paralisação nacional das transportadoras, à semelhança do que aconteceu em 2008, o responsável disse que não considera que seja a "forma de luta mais adequada", mas não adiantou que iniciativas podem estar em causa.

Sobre os benefícios fiscais que o Governo admitiu hoje conceder às empresas de transportes para compensar de algum modo a subida do ISP, Márcio Lopes disse que está cansado de "promessas" e que já em 2008 e 2011 os seus antecessores assinaram acordos com os governos que nunca foram cumpridos. "Já chega nos tentarem subornar", afirmou.

Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2016, entregue hoje na Assembleia da República, o ISP vai aumentar seis cêntimos por litro na gasolina sem chumbo e no gasóleo rodoviário.

Com esta medida, o Governo pretende arrecadar mais 360 milhões de euros e assim compensar a descida das cotações do petróleo nos mercados internacionais, que levou a uma perda de receitas para o Estado.

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