Trabalhadores de cadeias de fast-food dos EUA protestam por salários mais altos

Movimento defende que as grandes empresas têm condições para pagar melhor aos funcionários.

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Membros do movimento MoveOn protestaram na quarta-feira à porta de um restaurante da McDonald’s em Nova Iorque Eduardo Munoz/Reuters

Um ano depois do protesto que desencadeou uma onda de acções de luta em várias cadeias de fast-food dos EUA, trabalhadores da restauração cumprem nesta quinta-feira um dia de greve e organizam protestos em mais de cem cidades dos Estados Unidos, colocando maior pressão sobre grandes empresas como a McDonald’s, Wendy’s, Burger King, Taco Bell ou KFC.

Os organizadores do movimento exigem o pagamento de 15 dólares por hora (11 euros ao câmbio actual) e o direito a formar um sindicato — reivindicações que já tinham dado origem a acções de protesto este ano e que, por não terem surtido efeito junto da Associação Nacional da Restauração, continuam na agenda dos trabalhadores.

Segundo a revista Time, a remuneração paga aos trabalhadores de cadeias de fast-food ronda actualmente os nove dólares por hora, acima da remuneração mínima federal, de 7,25 dólares por hora.

Dada a dimensão destas cadeias e os lucros que geram, os trabalhadores consideram que as empresas têm condições para pagar melhor. Os representantes dos patrões, diz o jornal The New York Times, respondem que só uma pequena percentagem recebe a remuneração mínima.

Movimento em "grande crescimento"
Aquilo que começou por ser um movimento circunscrito de 200 trabalhadores em duas dezenas de restaurantes de Nova Iorque, foi ganhando dimensão até culminar na realização de uma série de greves em cerca de 60 cidades norte-americanas, durante o Verão. No movimento, que agora cresce em número de cidades, estão envolvidos os grupos Fast Food Forward e Fight for 15, que se unem neste dia para uma reclamação comum: melhores condições de trabalho e melhores condições salariais.

Quando olha para o início dos protestos em Novembro do ano passado, Kendall Fells, um dos organizadores do movimento, fala num “grande crescimento” do movimento junto dos trabalhadores das cadeias de fast-food. “As pessoas percebem que com um dia de greve não vamos chegar lá. Percebem que para crescer, isto tem de continuar”, afirmou ao New York Times.

Na quarta-feira, membros do movimento MoveOn já estiveram em protesto à porta de um restaurante do McDonald's em Nova Iorque, a dar a conhecer a petição a favor de um salário mínimo de 15 dólares por hora. A empresa comentou as reivindicações referindo, através do seu porta-voz, que a multinacional está empenhada em criar “oportunidades de sucesso” aos trabalhadores, segundo cita a CNN.
 
 

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