Trabalhadores da Sata em mais três dias de greve

Segunda fase da paralisação prolonga-se até sábado. Só os serviços mínimos estão assegurados. Trabalhadores querem condições iguais às da TAP.

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A Sata quer condições semelhantes às da TAP DR

Os trabalhadores da transportadora aérea açoriana Sata começam a cumprir a partir desta quinta-feira e até sábado o segundo período de greve, numa altura em que se realizam as festas religiosas do Santo Cristo, na ilha de São Miguel.

Esta greve foi convocada por cinco sindicatos contra a não aplicação na Sata do mesmo acordo feito com a TAP com vista a evitar os cortes salariais entre os 3,5% e os 10% previstos no Orçamento do Estado de 2013 e acontece depois do primeiro período de greve, que decorreu a 23, 24 e 25 de Abril – e que condicionou o rali dos Açores.

Os representantes dos trabalhadores já admitiram ainda mais greves, caso a empresa não ceda às reivindicações. Na terça-feira, após o fracasso de negociações de mais de seis horas, Rui Luís, porta-voz da plataforma de sindicatos, disse à Lusa que os sindicalistas foram confrontados por parte dos representantes da Sata com “mais do mesmo”, admitindo partir para novas greves.

Já a Sata destacou na quarta-feira, em comunicado, os danos “significativos” da greve na economia regional, assegurando que mantém a “disponibilidade e abertura para tentar alcançar um acordo”.

Adesões de 100%
Em relação ao primeiro período de greve, os sindicatos avançaram com adesões próximas dos 100%, tendo apenas sido realizados os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral. Os serviços mínimos para esta segunda fase da greve podem ser consultados no site da transportadora.

Quanto ao site da ANA – Aeroportos de Portugal, no que diz respeito ao Aeroporto de Lisboa, nesta manhã apenas aparecia como cancelado o voo das 11h45 de Lisboa para Ponta Delgada, não sendo ainda reportada nenhuma alteração para o voo das 12h30 com destino a Boston, nos Estados Unidos. Já no que diz respeito ao Aeroporto dos Açores nada era referido.

Desde que a greve foi convocada, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, fez por duas vezes um “apelo” aos trabalhadores da Sata, sublinhando que estão em causa postos de trabalho que vão “para além” da empresa. Por outro lado, o secretário regional do Turismo e Transportes disse por diversas vezes que com estas greves fica em causa o pagamento de salários na empresa e a sua própria sustentabilidade a “médio prazo”, já que o rali e o Santo Cristo são “picos de operação” da Sata, com receitas importantes para a sua gestão.

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