Toyota volta a recolher 1,6 milhões de veículos por defeitos no airbag

Chamada às oficinas está circunscrita ao mercado japonês.

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É a segunda vez que a Toyota efectua recolhas no espaço de dois meses. REUTERS/Toru Hana

A construtora nipónica Toyota anunciou nesta quarta-feira que vai chamar às oficinas cerca de 1,6 milhões de veículos no Japão devido a um defeito detectado nos airbagsA AFP refere que estes automóveis já tinham sido chamados às oficinas este ano para reparar problemas nos airbags, não tendo sido substituídos. À agência, um porta-voz da Toyota garante que esta recolha é feita a título de “precaução”.

Segundo a Bloomberg, a acção do grupo foi desencadeada pelo registo de um incidente com um componente de airbag Takata que se julgava seguro. Um passageiro que seguia a bordo de um veículo Nissan, que utiliza dispositivos da mesma marca, ficou ferido, mesmo depois de uma inspecção não ter encontrado falhas no airbag.

O compacto Vitz está entre os 22 modelos produzidos entre 2004 e 2008 que irão ser novamente chamados às oficinas no Japão. À AFP o grupo esclareceu que o perímetro geográfico da recolha “é limitado” e circunscrito, para já, aos veículos que circulam no mercado japonês.

A Toyota teve já que chamar às oficinas 12 milhões de veículos em todo o mundo devido aos defeitos detectados nos airbags Takata, cerca de dez milhões já este ano. Destes, 29 mil foram chamados para reparações em PortugalAs falhas nestes equipamentos de segurança já provocaram oito mortos, sete dos quais nos Estados Unidos, refere a AFP. 

A Honda foi o primeiro construtor a informar que não voltaria a utilizar os airbags da Takata, seguindo-se a Nissan, a Toyota, a Mazda e a Ford.

Esta é a segunda recolha no espaço de dois meses para a Toyota. Em Outubro, o grupo tinha anunciado que precisaria de efectuar reparações em cerca de 6,5 milhões de veículos devido a um problema no sistema eléctrico das janelas principais.

De acordo com a Bloomberg, a Takata registou prejuízos de 8,66 mil milhões de yenes no segundo semestre do ano, perdendo 39% do valor em bolsa nos primeiros dias de Novembro, com o anúncio de que várias marcas iriam deixar de recorrer à empresa de fabrico de airbags.

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