Taxas Euribor aproximam-se um pouco mais de zero e voltam a reduzir prestação da casa

Contratos a rever em Março, associados ao prazo de seis meses, terá redução de 11 euros.

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Embora em menor ritmo, prestação das casas com empréstimo continua a diminuir.

As taxas de juro Euribor, a que estão associados os empréstimos à habitação, voltaram a cair em Fevereiro, o que permite novas reduções das prestações dos contratos a rever em Março.

Também os empréstimos às empresas, habitualmente associado à  Euribor a três meses, vão sentir uma redução dos encargos com juros.

Renovando mínimos de sempre, já próximo do zero, a média de Janeiro da  Euribor a três e seis meses, os prazos mais utilizados nos empréstimos à habitação em Portugal, caíram para 0,048% (0,063% em Janeiro)  e 0,126% (0,152% anterior), respectivamente. A Euribor a 12 meses fixou-se em 0,255%, abaixo dos 0,298% do mês anterior. A Euribor a três meses já se encontra abaixo da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), que se situa em 0,05%.

Os contratos à habitação a rever em Março vão permitir uma poupança de mais alguns euros, isto apesar da queda da taxas de juro ser em parte anulada pelo aumento do capital amortizado, o que é positivo a médio e longo prazo, porque reduz mais rapidamente o montante de capital em dívida.

Numa simulação feita pelo PÚBLICO, para um financiamento de 150 mil euros, com um spread (margem comercial do banco) de 0,7%, a 30 anos, a redução que vai resultar da aplicação da Euribor de três meses de Fevereiro é de 2,23 euros. Num empréstimo associado à Euribor a seis meses, a redução é mais expressiva, de 11,35 euros, porque a última revisão ocorreu há seis meses atrás, altura em que as taxas estavam mais elevadas (0,081%).

Apesar das quedas já acumuladas, as taxas Euribor ainda poderão cair um pouco mais, não sendo de excluir a entrada do prazo a três meses em terreno negativo, como já acontece com o prazo de um mês, utilizado num número muito residual de contratos.

O Banco de Portugal (BdP) admitiu que está a analisar o impacto da Euribor negativa nos empréstimos e nos depósitos, mas ainda não tomou uma posição sobre esta matéria.

A queda das taxas de Euribor, formadas no mercado interbancário a partir dos juros a que um grupo alargado de bancos está disposto a emprestar dinheiro entre si, deverão manter-se em níveis historicamente baixos por um longo de 2015.

As medidas do BCE para aumentar a circulação de dinheiro na economia e a taxa de inflação negativa na zona euro (-0,6% em Janeiro) contribuem para as recentes quedas das taxas Euribor.

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