Taxas de juro da dívida estáveis no dia a seguir a decisão do Tribunal Constitucional

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Os mercados perderam o candidato preferido, Mario Monti, que conseguiu apenas 10% dos votos Lisi Niesner/Reuters

As taxas de juro da dívida pública portuguesa registavam, esta sexta-feira ao início da tarde, uma ligeira descida face ao fecho de ontem, não revelando uma reacção negativa à decisão do Tribunal Constitucional de chumbar uma das medidas de consolidação orçamental previstas para 2014.

De acordo com os dados fornecidos pela agência Reuters, a taxa de juro da dívida pública a 10 anos estava, às 15h desta sexta-feira, nos 6,054%, um valor ligeiramente inferior aos 6,06% do fecho de ontem. As taxas de juro apresentaram a mesma tendência na generalidade dos prazos e, desde o início da manhã, que o ambiente nos mercados face à dívida pública portuguesa tem sido de aparente tranquilidade.

Não é notório um aumento da preocupação dos investidores em relação à trajectória das finanças públicas portuguesas como consequência da decisão do Tribunal Constitucional de chumbar o corte de pensões na Caixa Geral de Aposentações, uma medida para a qual se previa uma poupança líquida de 388 milhões de euros (cerca de 0,25% do PIB) em 2014.

No final da manhã, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, o primeiro ministro afirmou que o Governo terá agora de encontrar uma alternativa a esta medida, sendo uma das razões apresentadas a necessidade de tranquilizar os investidores. "Precisamos de actuar de modo a garantir aos nosso credores e parceiros que respeitaremos os objectivos a que nos propusemos no âmbito das avaliações da troika [ao programa de ajustamento] mas também de modo a convencer os investidores internacionais - cuja confiança é indispensável para regressar ao mercado e assim fechar o programa de assistência - de que seremos capazes de reduzir a nossa despesa e cumprir o orçamento de Estado aprovado já pelo Parlamento", afirmou Passos Coelho.
 

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