TAP chega a acordo com bancos financiadores

A companhia conseguiu estender a maturidade do empréstimo de 120 milhões de euros que vencia este ano.

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A informação foi confirmada pelo gabinete do ministro Pedro Marques DR

O regresso de metade do capital da TAP ao Estado está agora mais próximo. A transportadora chegou a acordo com os seus três principais credores e conseguiu renegociar os termos do financiamento de emergência de 120 milhões de euros que recebeu no final de 2015, quando se viu à beira de não ter dinheiro para pagar salários. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada ao PÚBLICO pelo Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas.

A CGD, o BCP e o Novo Banco  acederam em dar mais tempo à companhia para pagar estes créditos, que venciam em Novembro, além de aceitarem baixar o custo médio da dívida. A renegociação destes financiamentos de curto prazo era uma das condições para que pudesse avançar o negócio que trará 50% das acções novamente para a esfera pública.

Tal como o PÚBLICO já tinha noticiado, o que estava a ser pedido aos bancos credores (em que se incluem também o Santander e o BIC) era um total de sete anos para pagar a dívida, assim como uma redução das taxas de juro, de 4,5%, para 3,5%. O que acabou por ser conseguido, segundo o PÚBLICO apurou, num processo negocial que envolveu a Atlantic Gateway (de David Neeleman e Humberto Pedrosa) e o próprio Governo, mas que não começou da melhor forma.

É que em 2015 tinha sido prometido aos bancos, pela equipa da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, que reaveriam estes empréstimos de emergência assim que o capital dos privados entrasse na companhia. Contudo, os 150 milhões injectados na TAP na sequência da venda à Gateway (assinada a 12 de Novembro de 2015, à porta fechada, já depois das 23h00)  foram canalizados para o pagamento de outras dívidas e para financiar a actividade da empresa.

Daí a renitência dos bancos em alterar as condições dos créditos, que foi agora ultrapassada, permitindo empurrar para 2022 o pagamento de uma dívida que vencia no final do ano.

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