Swaps levam JP Morgan e Santander a processar empresas públicas

Bancos são responsáveis por perdas potenciais de 1700 milhões de euros.

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Teste à validade dos contratos feita nos tribunais de Londres. Ricardo Brito/Arquivo

Os bancos JP Morgan e Santander Totta, que o Governo ameaçou levar a tribunal, terão decidido processar algumas das empresas públicas envolvidas na polémica dos contratos swap para fazerem valer os seus direitos.

De acordo com a Bloomberg, o JP Morgan decidiu processar a Metro de Lisboa, a Metro do Porto e a Egrep, que gere as reservas nacionais de produtos petrolíferos, por causa dos contratos swap celebrados entre o banco e estas empresas.

A agência noticiosa financeira noticia que a acção deu entrada nos tribunais londrinos a 26 de Abril, precisamente no mesmo dia em que o Governo anunciou que iria avançar para tribunal contra a instituição financeira, por não ter sido possível chegar a um acordo para reduzir as perdas potenciais associadas a estes produtos.

"Fomos obrigados a tomar medidas de protecção nos tribunais ingleses", afirmou o porta-voz do JP Morgan, Brian Marchiony à Bloomberg, acrescentando que o banco está disponível para continuar a negociar com o Estado português e que os contratos não estão em incumprimento.

Tal como o PÚBLICO noticiou na semana passada, a instituição financeira norte-americana reatou as negociações com o Governo depois da ameaça de uma acção judicial. O JP Morgan comercializou cerca de uma dezena de swaps às três empresas públicas em causa que acumulam perdas potenciais de perto de 400 milhões de euros.

É, por isso, o segundo banco com maiores riscos de prejuízo da lista de oito instituições identificadas na auditoria do IGCP, sendo ultrapassado apenas pelo Santander (que comercializou swaps considerados especulativos que acumulam perdas potenciais de 1300 milhões).

Também no caso deste último banco, que o Governo decidiu igualmente processar na sequência do insucesso nas negociações, a Bloomberg está a noticiar que foram interpostas acções em tribunal contra a Metro de Lisboa e a Metro do Porto a 10 de Maio. Uma informação que o porta-voz da instituição em Londres não quis comentar, quando questionado pela agência noticiosa financeira. Com Lusa

 

 

 

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