Suíços favoráveis à redução de diferenças salariais nas empresas
A iniciativa foi proposta pela juventude socialista suíça em 2011. Sondagem publicada no jornal SonntagsZeitung revela que metade dos inquiridos é a favor.
Uma proposta de redução das diferenças salariais, feita em 2011 pelos jovens socialistas (Juso), acolhe actualmente 49,5% de opiniões favoráveis, segundo uma sondagem publicada este domingo no jornal SonntagsZeitung, na Suíça.
A proposta tem como objectivo limitar as diferenças de salários nas empresas, de maneira a que os salários mais altos não seja superior a 12 vezes o ordenado mais baixo praticado pela empresa.
Esta iniciativa foi entregue, em Berna, em Março de 2011 pela Juso e apoiada pelo Partido Socialista. "Se fosse hoje votada, a inicitiava teria uma maioria relativa de 49,5% de 'sim' contra 40,5% de 'não'", revela o jornal dominical de língua alemã. O inquérito, realizado pelo Institut Isopublic, entre 20 de Fevereiro e 7 de Março, a 1152 eleitores revela 10% de indecisos.
A câmara alta do Parlamento suíço deve pronunciar-se sobre a proposta socialista no próximo dia 21, esta já foi examinada pelo Conselho Federal assim como pelo Conselho Nacional, a câmara baixa parlamentar. Ainda não foi decidida a data em que será votada.
Esta proposta distingue-se da iniciativa de Thomas Minder sobre remunerações abusivas, aquela que, no domingo passado, levou os eleitores helvéticos às urnas para votar o referendo e dar 67,9% de "sim" à limitação nos salários dos conselhos de administração das empresas. O texto votado prevê a proibição de bónus e pensões douradas para os administradores e gestores das empresas cotadas na bolsa suíça. Agora, o Governo deverá legislar sobre o assunto.
Notícia corrigida às 14h26, onde se lia "12 vezes o ordenado mínimo", lê-se "12 vezes o ordenado mais baixo praticado pela empresa".