Standard & Poor’s corta rating da União Europeia

Solidez financeira dos 28 Estados-membros desceu, justifica a agência de notação financeira.

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Desde Janeiro de 2012 que a S&P mantém perspectivas negativas da União Europeia Tobias Schwarz/Reuters

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) cortou o rating da União Europeia de AAA para AA+, justificando a decisão com as tensões crescentes na negociação do orçamento comunitário.

“Na nossa opinião, a solidez financeira dos 28 Estados membros da UE caiu. As negociações para o orçamento tornaram-se mais controversas, assinalando o que consideramos ser um risco crescente do apoio de alguns países à União Europeia”, refere a agência, em comunicado, citado pela Reuters.

Desde Janeiro de 2012 que a S&P mantém perspectivas negativas da UE e tem vindo a cortar no rating de vários Estados-membros. No ano passado, baixou as classificações de Portugal, Itália, Espanha e Chipre em dois níveis.

Já este ano, em Novembro, a agência desceu a notação financeira de França, de AA+ para AA, justificando que o país liderado por François Hollande perdeu margem de manobra financeira e mantém o desemprego em valores elevados.

Também desceu, mais recentemente, o rating da Holanda de AAA+ para AA+, que deixou o grupo de países com notação máxima, onde estão a Alemanha, o Luxemburgo e a Finlândia. A decisão foi tomada devido às fracas perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto holandês.

Reagindo ao corte no rating, a Comissão Europeia já veio sublinhar que a Fitch e a Moody's, as duas outras agências de notação financeira, mantém a nota AAA para a UE. O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Olli Rehn, disse que todos os Estados membros "entregaram sempre, na totalidade a a horas o seu contributo para o orçamento, mesmo durante a cirse financeira". "A comissão discorda da S&P de que as obrigações dos Estados-membros para com o orçamento são questionáveis num cenário de stress", afirmou.
 
 

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