Sonae aumenta lucros e reforça investimento

Grupo investiu 122 milhões até Setembro. Lucros subiram quase 50% nos primeiros nove meses do ano.

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Internacionalização continua a ser palavra de ordem na Sonae FERNANDO VELUDO/NFACTOS

As unidades de retalho especializado do grupo Sonae investiram, nos primeiros nove meses do ano, 122 milhões de euros (+11% do que no período homólogo de 2013), com o enfoque centrado na abertura de novas lojas, aposta em novos formatos de comercialização e desenvolvimento da actividade internacional.

Entre os novos formatos de comercialização, fonte oficial do grupo destaca o reforço do investimento em tecnologias de informação que permitiram, igualmente, um crescimento da área de e-commerce. “Neste segmento, a operação que mais tem crescido é a do retalho alimentar, onde apresentamos vantagens competitivas”, acrescentou

Estes são alguns dos indicadores mais salientes das contas do grupo liderado por Paulo Azevedo relativas ao período Janeiro/Setembro, divulgadas esta quarta-feira. O desempenho da Sonae SGPS aponta para um crescimento de 4,1% no volume de negócios, que passou para 3610 milhões de euros, e para um resultado líquido atribuível a accionistas de 95 milhões de euros, em alta de 47,7% face ao período homólogo do ano passado.

A comparação é feita expurgando os efeitos da fusão Optimus-Zon e das imparidades registadas em 2013, que, de forma extraordinária, fizeram subir o lucro nos primeiros nove meses do ano passado para 242 milhões de euros.

Focado no sector do consumo, que ainda enfrenta os impactos da crise gerada pelo ciclo de austeridade, a Sonae conseguiu mesmo assim um aumento de vendas superior a 4%, embora no que diz respeito à área alimentar o crescimento seja inferior, na ordem dos 1,8%. Fonte oficial do grupo assinala que este resultado “só foi possível devido à capacidade de entregar aos consumidores as melhores propostas e isso foi recompensado com aumentos de quota de mercado que é de 1,1 pontos percentuais no Continente e de 1,5 pontos percentuais na Worten”.

No documento em que avança os dados relativos à actividade dos primeiros nove meses do ano, a Sonae SGPS dá conta de que o seu principal negócio, o Modelo Continente, conseguiu no período apresentar um nível médio de preços dos produtos 2,4% inferior ao verificado no período homólogo e que os descontos em cartão e talão atingiram quase 300 milhões de euros. A facturação nesta área de negócios atingiu os 2537 milhões de euros, mais 45 milhões do que no mesmo período do ano passado.

Na área do retalho especializado, cujas vendas ascenderam a 913 milhões de euros, o aumento bruto foi de 10,4% (7% no universo comparável de lojas). O grupo salienta o reforço da liderança da Worten no mercado electrónico e o crescimento a dois dígitos da MO. Já a Sonae Sierra, que gere os centros comerciais, aumentou a sua taxa de ocupação para 95,1% e viu a facturação dos lojistas crescer 4,2% para um universo comparável de lojas na Europa.

Quanto ao endividamento, atingia os 1414 milhões de euros no final de Setembro, realçando o comunicado da Sonae SGPS que este resultado traduz “a forte geração de cash-flow operacional e o pagamento das acções da Sonaecom à France Telecom, feito em Agosto. Se excluirmos este pagamento, o endividamento total líquido teria sido reduzido em 88 milhões de euros”, refere o documento.

Com o mercado português muito estabilizado, a internacionalização continua a ser uma aposta forte da Sonae, salientando fonte oficial do grupo que o universo de lojas no estrangeiro cresceu para 170, com presença “em quase uma vintena de países” que garantem cerca de 30% das receitas da área de retalho especializado. Mais recente, a aposta na exportação de produtos também está a render frutos, com a área alimentar a colocar as suas marcas em 10 países.

 

 

 

 

 


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