Sobem para seis os fundos imobiliários britânicos a suspender reembolsos

Moeda britânica volta a renovar mínimos de mais de 30 anos.

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preocupações com a desvalorização do sector imobiliário assume dimensão preocupante. Alastair Grant/AP

O receio do impacto do “Brexit” na economia britânica e no mercado imobiliário em particular, está a gerar uma corrida ao resgate de unidades de participação em fundos de investimento imobiliário, levando seis sociedades gestoras a suspender os reembolsos dos seus fundos, o que significa que os investidores ficam com as suas aplicações temporariamente congeladas.

Esta quarta-feira, três novas gestoras comunicaram a suspensão dos seus fundos, e o número pode não ficar por aqui. A Canada Life, a Columbia Threadneedle e a Henderson acabam se se juntar à Standard Life, Aviva Investors Property Trust, o M&G Investments no bloqueio dos resgates, que pode durar semanas ou meses.

Esta suspensão está a ser determinada pela incapacidade financeira para fazer face à avalancha dos resgates, e para proteger os activos dos fundos, constituídos por imóveis, cuja venda apressada originaria perdas de elevado valor.

O total de fundos congelados ascende agora a 12 mil milhões de libras, cerca de 15 mil milhões de euros, representando cerca de metade dos 25 mil milhões de libras que estes fundos gerem no Reino Unido.

O resultado do referendo, com a vitória do “Brexit” espoletou o receio de que muitas multinacionais e grandes empresas possam abandonar o Reino Unido, com impacto muito negativo no valor e rentabilidade dos activos imobiliários.

Para o receio dos investidores está a contribuir ainda a desvalorização da libra face ao dólar para mínimos de 31 anos, tendo renovado mínimos na sessão desta quarta-feira, chegando a negociar a 1,28 dólares.

O dia também voltou a ser de forte queda nos mercados accionistas europeus.

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