Sindicatos da RTP criticam salário do novo presidente

Novo responsável vai ganhar dez mil euros por mês, mais do que o anterior presidente e o primeiro-ministro.

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Gonçalo Reis é o novo presidente do canal público Miguel Manso

Os sindicatos dos funcionários da RTP pediram "moral, bom senso e competência", ao criticarem a "excepção salarial" para o novo presidente do Conselho de Administração da televisão pública, Gonçalo Reis, que vai auferir dez mil euros.

O salário do novo presidente do Conselho de Administração da RTP é superior ao do seu antecessor no cargo, Alberto da Ponte, segundo um diploma publicado no Diário da República.

"A situação de excepção já seria grave por si só. Mas torna-se ainda mais insultuosa quando todos sabemos o que tem acontecido na RTP nos últimos anos e continua a acontecer", referem, num comunicado conjunto, os sindicatos dos funcionários da televisão pública.

Para os sindicatos, basta conhecer a realidade da generalidade dos trabalhadores da RTP para "saber que será muito difícil aos sindicatos aceitar mais esta excepção".

"Quem sempre fala de sacrifícios em nome da viabilidade financeira da empresa, não pode agora pedir para si próprio uma excepção", afirmam os sindicatos, salientando que não são apenas os administradores que "têm casa para pagar, filhos para alimentar e compromissos para cumprir".

No comunicado, os sindicatos lembram que há dois anos negoceiam "sem tréguas" um processo de renovação do Acordo de Empresa, mas que no espaço de dois meses assistiram a "aumentos adicionais de custos com remunerações", incluindo com os elementos do Conselho Geral Independente, que recebem, cada um, 500 euros por reunião.

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