Sindicato fala em adesão à greve na Groundforce de 90% em Lisboa e 75% no Porto

A ANA e a Groundforce negam que, até ao momento, se tenham verificado problemas em voos ou nas bagagens, ao contrário do alegado pelo SITAVA.

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A greve dos trabalhadores da Groundforce vai estender-se até este domingo Pedro Nunes

A adesão à greve dos trabalhadores da Groundforce rondava os 90% em Lisboa e os 75% no Porto, ao final da manhã, causando atrasos nos voos e acumulação de bagagens nestes dois aeroportos, adiantou o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).

De acordo com o primeiro balanço feito à Lusa pelo dirigente do SITAVA Fernando Henriques, em Lisboa, "a adesão ronda os 90% na placa e nos terminais e os 60% na área dos passageiros". No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, "a adesão ronda os 75%, com algumas áreas nos 90%", nomeadamente, nos passageiros e nas placas do aeroporto, indicou o dirigente.

A greve, que teve início às 00h00 des sábado, está a causar "atrasos nos voos sempre a partir dos 30 minutos, alguns com mais de uma hora, e ao longo do dia os atrasos poderão ultrapassar as três ou quatro horas", adiantou a mesma fonte.

A paralisação está também a ter impacto ao nível das malas quer em Lisboa, quer no Porto, onde "algumas centenas de bagagens não acompanharam os passageiros e não foram colocadas nos aviões".

Por sua vez, fonte da ANA - Aeroportos de Portugal afirmou que "esta greve não está a causar qualquer impacto operacional, até ao momento", contrariando assim o balanço efectuado pelo sindicato.

Na sexta-feira, a ANA alertou para a possibilidade de o tráfego aéreo "sofrer algum constrangimento" durante este fim-de-semana devido à greve da Groundforce e aconselhou os passageiros a fazer o seu check in através da Internet.

A Lusa contactou também a Groundforce, segundo a qual esta greve "não está a ter nenhum impacto" nos aeroportos, quer de Lisboa, quer do Porto. "Não há atrasos, nem cancelamentos, nem bagagens em terra. Está tudo a decorrer dentro de um dia normal, em pleno mês de Agosto", assegurou a mesma fonte.

Os trabalhadores da Groundforce ractificaram nesta sexta-feira a greve de 48 horas que está marcada para este sábado e domingo, e cujo nível de adesão está, "não só a corresponder, mas a superar as expectativas", afirmou Fernando Henriques.

Os trabalhadores da SPdH - Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral.
A empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos.

Segundo o SITAVA, a greve deste fim de semana abrange também os trabalhadores das cinco empresas de trabalho temporário que prestam serviço de handling - Adecco, Cross Staff, Multitempo, Inflight Solutions e RH Mais.

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