Pires de Lima diz que existência de vários interessados é "bom para a economia"

Associação do sector diz que caberá ao regulador decidir se há excesso de concentração.

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Hospital da Luz é uma das unidades da ES Saúde Rui Gaudêncio

O ministro da Economia, Pires de Lima, defendeu nesta quinta-feira que a existência de vários interessados na Espírito Santo Saúde "é bom para a economia portuguesa".

Questionado sobre o lançamento hoje de uma nova Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Espírito Santo Saúde, Pires de Lima considerou que "é bom para a economia portuguesa a existência de vários investidores interessados em activos da economia nacional".

O ministro da Economia escusou-se comentar as propostas para o grupo que estão em cima da mesa: "Não seria cordial tomar partido numa discussão, num debate, que diz respeito ao funcionamento do mercado".

O grupo José de Mello Saúde (JMS) anunciou hoje ter lançado uma OPA sobre a Espírito Santo Saúde para concorrer com o grupo mexicano Ángeles.

A oferta do grupo José de Mello Saúde foi comunicada hoje de manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e implica uma contrapartida de 4,40 euros por acção, acima dos 4,30 (mais 2,3%) oferecidos pelo grupo mexicano, estando condicionada à aquisição de, pelo menos, 50,01% do capital do grupo dono do Hospital da Luz.

Já o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) considera que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Espírito Santo Saúde (ES Saúde), lançada pelo grupo José de Mello Saúde, é um sinal "da vitalização do mercado".

 

Para Artur Osório Araújo, a iniciativa demonstra "a vitalização" de um mercado que está a crescer e a desenvolver-se.

"Caberá à Autoridade da Concorrência saber se há ou não uma concentração exagerada", adiantou à agência Lusa.
Sobre o futuro do sector, no caso de se vir a concretizar a compra, o presidente da APHP disse que um grupo com a dimensão que este poderá vir a ter consegue mais facilmente posicionar-se no mercado internacional.

Em 2013, o Grupo Mello Saúde gerou um volume de negócios de 495 milhões de euros e a ESS 373,6 milhões de euros.
Mais de 80 por cento do volume de negócios da hospitalização privada em Portugal está nas mãos dos grupos Mello Saúde, Espírito Santo Saúde, Lusíadas e Trofa Saúde.

O grupo José de Mello Saúde anunciou nesta quinta-feira uma OPA sobre a ES Saúse para concorrer com o grupo mexicano Ángeles, cujo investimento total poderá chegar aos 420 milhões de euros.

A oferta foi comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e implica uma contrapartida de 4,40 euros por acção, estando condicionada à aquisição de, pelo menos, 50,01% do capital do grupo dono do Hospital da Luz.

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