Simulador indica valor das rendas de inquilinos com carência económica

Ferramenta está disponível na página do IHRU.

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Assocção de empresas de mediação defende importância do programa de vistos gold para o sector. PÚBLICO/Arquivo

O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) disponibilizou, na sua página da internet, um simulador para o cálculo da renda, segundo os pedidos de carência económica, cuja certificação começou a ser emitida pelas Finanças.

A autoridade tributária iniciou nesta segunda-feira a emissão do comprovativo do rendimento anual bruto corrigido (RABC) que permite aos senhorios concluir o processo de negociação do valor da renda.

A ferramenta permite simular o valor da renda a aplicar e os montantes retroactivos relativos ao tempo de espera da emissão do comprovativo do RABC e mapa de pagamentos.

O pedido de RABC suspende o processo de actualização do valor de rendas e, quando é provado, fixa tectos máximos para essas actualizações.

Os tectos podem ser de 10% para rendimentos das famílias até 500 euros mensais, de 17% para agregados com rendimentos até 1.500 euros e de 25% até 2.829 euros.

Segundo o primeiro relatório da comissão de monitorização da reforma do arrendamento urbano, mais de 27 mil inquilinos pediram, nos últimos seis meses, comprovativo de carência económica para limitar a actualização dos valores de rendas.

O distrito de Lisboa estava no topo da lista dos registos de pedidos de RABC, contabilizando 15.430, seguindo-se Porto (4.275) e Setúbal (3.016). Com menos pedidos estava a Região Autónoma dos Açores (7), Bragança (12), Beja e Guarda (33).

Como ponto menos positivo notado por esta comissão esteve o “atraso” e a “inoperância” dos sistemas informáticos para emissão dos comprovativos do RABC e nos procedimentos do Balcão Nacional de Arrendamento.

Estes constrangimentos levaram a comissão a concluir que ficava impedida, “nesta primeira fase, a execução global da reforma tal como legislativamente pensada”.

A 26 de Junho, a Comissão Europeia, no âmbito de uma avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira, admitia que a actualização das rendas, prevista na reforma do arrendamento, podia ser “mais lenta do que o esperado” devido a atrasos na informação dos rendimentos dos inquilinos. 

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