Segundo resgate a Portugal poderia chegar aos 50 mil milhões de euros

Em Bruxelas, um eventual novo programa português é visto como mais duro no primeiro ano, antecipando o impacto de eleições em 2015. Os credores preferirão trabalhar com o actual Governo.

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Nelson Garrido

As necessidades de financiamento que Portugal terá ainda de assegurar entre o início do próximo ano e o final de 2017 ascendem, de acordo com as contas feitas pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), a 53.100 milhões de euros. Este valor pode ser uma referência para se perceber qual a dimensão que um segundo pacote de empréstimos da troika a Portugal poderia vir a ter.

O cenário de um segundo resgate a Portugal tem vindo a ganhar força nos últimos meses. No sábado, o PÚBLICO noticiou que a necessidade de um segundo programa para Portugal era, em Bruxelas, vista como "largamente inevitável". O Ministério das Finanças negou "que estejam em curso quaisquer negociações ou referências de qualquer tipo em relação a um segundo programa de resgate a Portugal", e a Comissão Europeia reagiu no mesmo sentido. O ministério liderado por Maria Luís Albuquerque garante que "o Governo está a trabalhar com os representantes da CE, BCE e FMI no âmbito da actual missão em curso para garantir a sua conclusão com sucesso nos próximos dias".

Ao PÚBLICO, várias fontes europeias envolvidas no actual programa de ajuda falam da elevada probabilidade de um novo programa e sublinham que um eventual segundo resgate a Portugal será ainda mais duro do que o actual em termos de exigência de redução das despesas públicas e reformas económicas.

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