Sector da construção sai da recessão técnica ao fim de 13 anos

Indicadores como investimento, VAB e emprego já crescem há dois trimestres consecutivos.

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Alguns indicadores da indústria da construção reforçaram, no segundo trimestre, a tendência positiva iniciada nos primeiros três meses do corrente ano, sinalizando uma inversão do ciclo negativo em que o sector está mergulhado há 13 anos. Para a CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, as melhorias registadas permitem afirmar que o sector saiu da “recessão técnica”.

Alguns indicadores da indústria da construção reforçaram, no segundo trimestre, a tendência positiva iniciada nos primeiros três meses do corrente ano, sinalizando uma inversão do ciclo negativo em que o sector está mergulhado há 13 anos. Para a CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, as melhorias registadas permitem afirmar que o sector saiu da “recessão técnica”.<_o3a_p>

Dois dos dados positivos sobre a actividade do sector foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Contas Nacionais, referentes ao segundo trimestre, e dizem respeito à evolução do investimento, que cresceu 1% em termos homólogos, e em relação à evolução do VAB (Valor Acrescentado Bruto), que registou uma variação positiva de 1,5%. Estes indicadores já tinham crescido nos primeiros três meses do corrente ano.

“Sabendo que a definição de recessão técnica resulta da ocorrência de dois trimestres consecutivos em queda, a CPCI considera esta evolução positiva”, refere a estrutura que representa toda a fileira da construção em comunicado, divulgado nesta quarta-feira. A confederação lembra que desde 2002 que os principais indicadores do sector estão em queda consecutiva.

Aos dados do INE, na CPCI junta a recuperação em termos de emprego, com a criação de 26.311 postos de trabalho líquidos gerados nos últimos 12 meses. O número de empregos criados no sector representa 39,7% do total verificado na economia portuguesa. A criação de emprego está longe de compensar os mais de 260 mil postos de trabalho que o sector perdeu nos últimos anos, na sequência do encerramento de mais de 37 mil empresas.

Para a CPCI, presidida por Manuel Reis Campos, os três indicadores demonstram “que a estabilização da actividade da fileira da construção e do imobiliário é um factor crítico e indispensável a uma recuperação económica sustentada e com efeitos reais na generalidade das empresas e dos cidadãos”.

A confederação lembra que “os resultados foram obtidos, sobretudo, com um grande esforço por parte do tecido empresarial e por intermédio do investimento privado, exigindo-se ao Estado que seja capaz de dar um contributo positivo para a consolidação da actividade económica”.

A CPCI destaca “a reabilitação urbana, designadamente através da disponibilização dos incentivos ao financiamento, e a imediata resolução dos constrangimentos administrativos que estão a impedir o regular funcionamento dos vistos gold”, como duas medidas que o Estado pode dinamizar.

Mas o caderno reivindicativo da estrutura associativa inclui ainda “a conclusão da execução do QREN, a que se junta o novo Portugal 2020, e a implementação, em Portugal, do Plano Juncker”, medidas que a confederação considera “essenciais para que o sector possa, a exemplo do que se passa na generalidade das economias europeias, desempenhar o seu papel de motor do crescimento sustentado e do emprego”. <_o3a_p>

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