SdC Investimentos regressou aos lucros no primeiro trimestre

AG aprovou autorização aumento de capital em 18,5 milhões de euros.

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Castro Henriques, presidente executivo da SdC tem em cuso um amplo plano de reestruturação financeira da empresa. Dário Cruz

A SdC- Investimentos, empresa que controla 33% da construtora Soares da Costa, registou lucros de 2,2 milhões de euros no primeiro trimestre, uma inversão face ao prejuízo de um milhão de euros registado em igual período do ano passado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SdC- Investimentos, cotada em bolsa, informa que o volume de negócios totalizou três milhões de euros, representando uma descida de 10,9% relativamente ao valor do período homólogo de 2014 (3,4 milhões de euros).

O grupo que cedeu o controlo da construtora ao empresário angolano António Mosquito e mudou de denominação para SdC Investimento, alerta que o volume de negócios no primeiro trimestre do ano passado "ainda comportou o contributo da Energia Própria, alienada em Outubro de 2014, e a prestação de serviços técnicos e de gestão da SDC - Investimentos".

A empresa controlada pelo empresário Manuel Fino esclarece ainda que o universo de consolidação da SdC se alterou (por alteração das regras contabilistas internacionais), passando a actividade da construção (33% da Soares da Costa) e a actividade das concessões rodoviárias (Scutvias e Auto-estradas XXI) a serem consolidadas pelo método da equivalência patrimonial,  pelo que não se reflecte no volume de negócios, que abrange apenas a actividade imobiliária e da gestão de parques de estacionamento. As duas primeiras áreas de negócios são classificadas como actividades descontinuadas.

De acordo com os resultados divulgados, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 305,6 mil euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 41,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Já o resultado financeiro consolidado registou, no primeiro trimestre, um valor positivo de 0,9 milhões de euros, que compara com o valor negativo de 3,3 milhões de euros, no final do 1.º trimestre de 2014.

A dívida líquida a 31 de Março era de 318,7 milhões de euros, um valor próximo dos 317 milhões de euros registados a 31 de Dezembro de 2014.

Já depois de Março, a empresa concluiu-se uma operação de alienação das participações na Indaqua e em duas das suas participadas, a que se poderão juntar outras participações.

Emissão de obrigações convertíveis

A assembleia geral (AG) da SDC aprovou na ultima sexta-feira a emissão de obrigações convertíveis em acções, no montante de 18,5 milhões de euros. A emissão por subscrição particular de obrigações é garantida pelo BCP e CGD, instituições que poderão pedir a conversão das obrigações em acções.

Com vista a essa possibilidade, a AG aprovou uma autorização de aumento de capital de 160 milhões para 178,5 milhões de euros. Esta operação está inserida num plano de reestruturação do passivo bancário, incluindo obrigacionista, da sociedade.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere que está em “fase avançada com os credores bancários o estabelecimento de um acordo-quadro relativo à restruturação e novação parcial das responsabilidades da sociedade SdC Investimentos”.

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