Os lucros do Santander Totta disparam no ano passado, aumentando 89,2% em relação a 2013, a reflectir sobretudo o crescimento das receitas e a diminuição das imparidades (perdas potenciais) reconhecidas pela instituição.

O resultado líquido do banco liderado por António Vieira Monteiro, divulgado nesta quarta-feira, subiu para 193,1 milhões de euros, quando em 2013 os lucros tinham sido de 102 milhões. No último trimestre, o resultado alcançado foi de 74,2 milhões de euros.

Nesse trimestre, o banco obteve 32 milhões de euros de receita extraordinária pela venda dos 51% detidos pelo Santander Totta Seguros nas empresas Aegon Santander Portugal Não Vida e Aegon Santander Portugal Vida. Se este efeito for descontado, o aumento nos lucros é de 57,8%.

O crédito às empresas aumentou 0,7% no ano passado, com um volume de negócios de 9823 milhões de euros – o que, segundo o Santander Totta, “representa um aumento significativo na quota de mercado”. Já o crédito aos particulares diminuiu 3,1% face a 2013, baixando de 17.164 milhões de euros para 16.635 milhões. A diminuição aconteceu tanto no volume total do crédito ao consumo como à habitação, sendo mais expressivo neste último segmento, em que se registou uma queda de 3,2%.

No entanto, o Santander Totta sublinha que se registou um aumento na produção do crédito à habitação, onde se registou um aumento anual de 18%.

Ao mesmo tempo, o crédito em risco corresponde a 5,73% do total, menos 0,13 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado, sendo de 75,9% o rácio de cobertura dos créditos (por provisões destinadas a cobrir os riscos). Já a percentagem dos créditos em incumprimento foi de 4,25%, com o rácio de cobertura a superar os 102%.

Na área de particulares e negócios, o Santander Totta garante ter reforçado “as suas quotas de negócio quer no mercado de recursos quer no mercado do crédito”.

No caso dos particulares, foram aprovados projectos através da concessão de crédito pessoal num valor de 469 milhões de euros, e atribuídos 394 milhões de euros em crédito à habitação. No segmento que abrange as Pequenas e Médias Empresas (PME), foram concedidos 1563 milhões de euros.

Quanto aos depósitos, braço português do banco Santander registou um aumento de 5,6%, totalizando 20.346 milhões de euros no final do ano passado (19.271 milhões em Dezembro de 2013).