Rússia, Arábia Saudita, México e Venezuela não reduzem produção de petróleo

Preços estão em queda. Organização dos Países Exportadores de Petróleo reúne-se esta semana.

Foto
O Brent está em queda acentuada desde o final de Junho YASSER AL-ZAYYAT/AFP

Rússia, Arábia Saudita, México e Venezuela, alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, não chegaram a um acordo para abrandar a produção como forma de contrariar o declínio dos preços registado nos últimos meses.

Um corte de produção era um dos desfechos possíveis para o encontro dos quatro países, que estiveram reunidos esta terça-feira em Viena, dois dias antes de um encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), de que a Rússia e o México não fazem parte. 

Em vez disso, a posição foi muito mais branda. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Rafael Ramirez, afirmou à saída da reunião que todos os países concordaram que os preços actuais “não são bons” para os países produtores. Citado pela agência Reuters, Ramirez, que era até recentemente ministro do Petróleo, afirmou que os quatro países concordaram em voltar a encontrar-se. “Discutimos a situação do mercado, partilhámos os nossos pontos de vista, temos de nos manter em contacto e concordámos em voltarmos a encontrar-nos daqui a três meses”.

O preço do barril de Brent, um dos mais importantes indicadores no mercado internacional, está em queda acentuada desde o final de Junho, mês em que tocou os 115 dólares. Nesta terça-feira, o Brent registou um preço em torno dos 78 dólares.

Do lado da Rússia, o presidente da petrolífera estatal Rosneft afirmou na reunião que o país pode tolerar os preços actuais, adiando alguns projectos que requerem investimentos avultados. “Gostaria de dizer que os preços correntes de petróleo não são críticos para nós”, disse Igor Sechin, segundo um comunicado citado pela Reuters. “O que vai acontecer, claro, é que vão ter um impacto na oferta global de petróleo”.

A Arábia Saudita e o México não se pronunciaram sobre o encontro.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários