Rioforte pede gestão controlada e Banque Privée vende parte do negócio

Decisão da holding para a área não financeira do GES segue-se um pedido semelhante da Espírito Santo International.

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Os grandes accionistas brasileiros da Oi dizem que Ricardo Salgado prestou “afirmações falsas em relação aos investimentos” da PT na Rioforte Nuno Ferreira Santos

A Rioforte Investments, holding para a área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES), apresentou nesta terça-feira um pedido de sujeição ao regime de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa, segundo um comunicado da entidade.

Já o Banque Privée, controlado a 100% pela Espírito Santo Financial Group (ESFG), anunciou ter vendido parte do seu negócio ao banco suíço CBH – Compagnie Bancaire Helvétique.

A apresentação do pedido da Rioforte "está relacionada com as dificuldades substanciais ocorridas na sociedade que detém 100% do seu capital, a Espírito Santo International S.A. (ESI) — a qual apresentou um pedido de natureza semelhante no passado dia 18 de Julho", lê-se no documento.

Esta informação surgiu no mesmo dia em que o Tribunal de Comércio do Luxemburgo aprovou o pedido de gestão controlada apresentado pela ESI, que declarou a 18 de Julho não estar "em condições de cumprir as suas obrigações" quanto ao pagamento das dívidas.

A Rioforte detém os interesses do GES nos sectores do imobiliário, turismo, agricultura, saúde e energia e controla uma participação indirecta (49%) no Espírito Santo Financial Group (ESFG), que detém as participações do grupo no sector financeiro, incluindo no Banco Espírito Santo (BES), na companhia de seguros Tranquilidade e no Banque Privée.

Este último, que já reconheceu ter clientes com aplicações em empresas do Grupo Espírito Santo em incumprimento, anunciou esta terça-feira ter vendido uma parte do seu negócio — em concreto, uma fatia dos clientes da Península Ibérica e da América Latina — ao CBH.

No comunicado, o presidente do banco, José Manuel Espírito, afirma que esta é "uma excelente solução, que permite defender, da melhor forma, os interesses dos nossos clientes e dos nossos colaboradores". com Lusa

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