Regulador da energia diz que acção da Deco para reduzir factura da luz é "desejável"

Associação de defesa do consumidor lançou campanha Juntos pagamos menos.

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O regulador de energia classificou como "desejável" a iniciativa anunciada pela Deco que se propõe associar consumidores de electricidade de forma a contratualizar em conjunto o fornecimento, tendo como objectivo reduzir os custos da factura e estimular o mercado liberalizado.

Em resposta a questões colocadas pela agência Lusa, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) considera "positivas todas as iniciativas que tenham por objectivo dinamizar o mercado liberalizado de energia, uma vez que as mesmas contribuem para atingir um mercado de energia mais participado e concorrencial".

A iniciativa da Deco, enquanto agente agregador de consumos e facilitador da mudança para o mercado liberalizado, é, segundo a instituição liderada por Vitor Santos, "não só positiva como desejável, pois permite aos consumidores potenciar a negociação com os comercializadores e a estes diminuir os encargos com a angariação de clientes". Nesse sentido, a ERSE refere que tem, ao longo dos tempos, "incentivado essa prática junto de várias associações empresariais e mesmo da associação nacional dos municípios, no sentido de conseguir condições de mercado mais favoráveis para os seus associados”.

A Deco lançou nesta segunda-feira a campanha com o mote Juntos pagamos menos e pretende que os clientes de electricidade adiram a esta iniciativa até 30 de Abril, findo o qual a Deco fará um leilão pelo melhor preço junto dos operadores de mercado como a EDP, Galp, Endesa ou Iberdrola, entre outros.

Após estarem definidos os operadores vencedores por cada tarifário, os consumidores que aderiram à campanha passarão a ter as condições de preço resultantes do leilão, que a Deco tem a expectativa de ser mais baixo do que as actuais tarifas oferecidas no mercado livre.

Segundo um comunicado da Deco, a intenção é "responder a uma preocupação crescente dos consumidores relativamente aos custos da electricidade" e "promover um processo transparente e com provas dadas noutros mercados que visa fomentar a concorrência entre os vários fornecedores do mercado liberalizado".
 

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