Portugueses gastaram menos 36 milhões nos casinos em 2012

As receitas dos casinos portugueses caíram 11% no ano passado, tratando-se da maior quebra alguma vez registada no sector.

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Casino de Lisboa foi o que mais facturou, num total de 80,2 milhões, apesar da queda de 9% Rui Gaudêncio

Os 11 casinos nacionais perderam, em termos absolutos, receitas de 36 milhões de euros em 2012, seguindo a tendência registada nos últimos anos. Vilamoura foi a sala de jogo mais afectada.

Dados cedidos ao PÚBLICO pela Associação Portuguesa de Casinos mostram que, ao longo do ano passado, os casinos geraram receitas de 289,7 milhões de euros, em comparação com os 325,8 milhões conseguidos em 2011. Face a 2010, ano em que as receitas atingiram 344,5 milhões, o recuo é de 16% e de 54,8 milhões, em termos absolutos.

De entre os 11 casinos portugueses, o de Vilamoura, detido pelo grupo Solverde, foi o mais afectado, tendo registado uma quebra de quase 17% nas receitas (de 17,4 para 14,4 milhões de euros entre 2011 e 2012). O menos penalizado foi o de Espinho, também da Solverde (liderada por Manuel Violas), com uma redução de 8% (de 45,1 para 41,5 milhões de euros).

O Casino de Lisboa, da Estoril Sol, continua a ser o que mais receitas gera, apesar de a facturação ter caído 9%, para 80,2 milhões de euros, o que correspondeu a um dos maiores decréscimos em termos absolutos, na ordem dos 7,9 milhões de euros. As restantes salas do grupo, Estoril e Póvoa de Varzim, registaram recuos de 11,3 e de 13,3% para 63,3 e 40,8 milhões de euros, respectivamente.

O grupo Estoril Sol, que tem como accionista maioritário o empresário macaense Stanley Ho, tem vindo a mover processos de despedimento colectivo nos últimos anos, com maior incidência no Casino do Estoril. O presidente do grupo, Mário Assis Ferreira, pediu para sair do cargo a 1 de Janeiro deste ano e o novo líder será escolhido em Fevereiro.

Já o Casino de Tróia, a última concessão que foi atribuída pelo Estado no sector do jogo à Amorim Turismo (que detém também o Casino da Figueira da Foz), registou uma quebra de 13,3% nas receitas, passando de 3,8 para 3,3 milhões de euros. Na altura em que a sala de Tróia abriu, a 1 de Janeiro de 2011, o concessionário previa alcançar receitas de dez milhões de euros por ano.
 
 

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