Quase 30 agências do BPI já não abrem as portas nesta segunda-feira

Reestruturação leva ao encerramento de balcões e à redução do número de trabalhadores em Portugal para 6000.

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O BPI devolveu ao Estado a totalidade do dinheiro injectado em 2012 Rita Baleia

Quase 30 agências do BPI já não abrem as portas nesta segunda-feira. A rede de distribuição do banco em Portugal baixa, com esta reestruturação, para cerca de 650 balcões.

O encerramento definitivo de 28 balcões todos no Continente aconteceu na última sexta-feira. O banco liderado por Fernando Ulrich tem vindo a reduzir a sua rede de balcões e o número de trabalhadores com o objectivo de diminuir os custos operativos e cumprir as metas do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, obrigatório depois de ter recebido dinheiro público em 2012.

Segundo o relatório de resultados trimestrais do banco, a rede de balcões de retalho, centros de investimento, lojas, habitação, centros de empresa e centros institucionais do BPI totalizava 696 agências, num total de 6254 trabalhadores. Neste universo, o banco inclui os 12 balcões da sucursal do banco em Paris, o que significa que a rede doméstica contava até agora com 684 espaços.

O banco está ainda a reduzir o pessoal para ter, no máximo, 6000 trabalhadores na operação doméstica. Face aos 250 trabalhadores que o BPI quer que saiam este ano, Fernando Ulrich anunciou em Junho que já saíram metade.

O BPI devolveu, na semana passada, a totalidade do dinheiro que o Estado injectou na instituição em Junho de 2012 para recapitalizar a instituição (1500 milhões de euros). A liquidação da última tranche, no valor de 420 milhões de euros, aconteceu na última quarta-feira. O BPI é, entre os três bancos que recorreram à linha de recapitalização da troika (os outros foram o BCP e o Banif), o primeiro a sair da “tutela” pública. Com este último reembolso, antecipou em três anos o fim do plano de pagamentos semestrais negociado com o Governo em Julho de 2012.

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