PwC vai fazer nova auditoria ao Novo Banco que está ser preparado para ser vendido

Governador do Banco de Portugal dá explicações no Parlamento.

O Banco de Portugal (BdP) vai pedir uma nova auditoria à Price Waterhouse (PwC) sobre as contas (activos) do Novo Banco e preparar a instituição para ser colocada assim que possível no mercado, disse o governador do Banco de Portugal, na Assembleia da República, onde presta esclarecimentos no quadro da Comissão de Orçamento, Finanças e Administrações Pública sobre o dossier BES.

As declarações de Carlos Costa seguem-se à audição da ministra das Finanças que voltou a garantir que os contribuintes não serão chamados a pagar o resgate ao Novo Banco.

Os deputados querem saber o que ocorreu nas três semanas que mediaram a vinda de Carlos Costa ao Parlamento a 18 de Julho e este fim-de-semana, quando o BES foi resgatado. A 18 de Julho, o governador garantiu que o BES tinha uma almofada de segurança que lhe permitia acomodar possíveis impactos negativos resultantes da exposição ao GES (que nessa data era de 1240 milhões de euros segundo os dados fornecidos pela anterior equipa de gestão do BES).

Costa está a repetir o que tem dito: o BdP detectou um conjunto de operações potencialmente ilícitas e incumprimento por parte da ex-gestão das recomendações do BdP, para que não houvesse um reforço da exposição ao GES.

Esta situação obrigou a um pedido de uma auditoria forense e à demissão dos responsáveis dos órgãos sociais internos de auditoria. O prejuízo semestral totalizou 3600 milhões de euros e levou o banco a apresentar um rácio de capital de 5%, abaixo dos 7% recomendados e que culminou no resgate ao BES.

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