PT Portugal altera capital social para completar venda à Altice

Reorganização societária deverá estar concluída "em breve", diz a operadora.

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Altice está a recolher informação sobre a PT Portugal junto da equipa de gestão da empresa AFP PHOTO/PATRICIA DE MELO MOREIRA

A PT Portugal anunciou nesta quarta-feira a realização de diversas operações de alteração do capital social destinadas a completar a reorganização societária em curso para fechar a venda da empresa à Altice.

A PT Portugal deliberou terça-feira “a redução e subsequente aumento (em espécie) do seu capital social, o qual, em resultado das referidas operações, se cifra agora no montante de 1,563 mil milhões de euros”, revelou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A PT Portugal lembra que em 2014 “incorreu em prejuízos vários” (apesar de ter registado um resultado operacional positivo no ano passado, a empresa perdeu mais de dois mil milhões de euros, um montante onde se inclui o reconhecimento de imparidades relacionadas com o processo de venda à Altice). Foi nesse contexto que decidiu “reduzir o seu capital social para cobertura de perdas em 2,252 mil milhões de euros” e, “imediatamente a seguir a tal redução, aumentar o capital social por entradas em espécie em 365 milhões de euros”.

“As operações de redução e aumento de capital, visando, em primeira linha, o reforço da situação líquida da sociedade, são igualmente levadas a cabo enquanto parte de uma mais ampla reorganização societária, a qual constitui condição da alienação da sociedade pela sua actual accionista Oi”, lê-se no comunicado da PT Portugal.

Segundo a operadora, esta organização societária deverá estar concluída “em breve”, tendo em conta que a Altice já informou o mercado da obtenção das “autorizações regulatórias necessárias à conclusão da venda da PT Portugal”.

A empresa informa ainda “que se prevê que uma redução adicional do capital social da sociedade, em montante de cerca de 1,53 mil milhões de euros, ocorra num futuro próximo”. Uma operação que será “implementada para efeitos da segregação dos investimentos da PT Portugal” em activos africanos e na Timor Telecom que não serão alienados pela Oi à Altice.

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