A PT Portugal confirmou, nesta terça-feira, o nome de Paulo Neves para o cargo de presidente executivo da empresa. O ex-gestor da Oni já tinha sido apontado pelo Expresso como o próximo líder da dona do Meo.

Em comunicado, Armando Pereira, presidente do conselho de administração da PT Portugal que estava, temporariamente, aos comandos da empresa, destaca o “vasto e reconhecido percurso de 30 anos” de Paulo Neves e diz acreditar que o novo CEO “em conjunto com a Comissão Executiva, irá contribuir para uma PT ainda mais forte, mais bem gerida e com três compromissos fundamentais para o futuro e para a satisfação dos clientes: aumentar o investimento, nomeadamente na rede de fibra óptica, potenciar a inovação e melhorar a qualidade de serviço”.

Por seu lado, Paulo Neves destaca que foi na PT que começou a carreira. Regressa, agora, “com elevado sentido de responsabilidade para contribuir para a afirmação da PT como empresa de referência no sector”.

A nova comissão executiva tem oito elementos (quer da PT Portugal, quer da Altice). Guy Pacheco será director financeiro e na lista estão os nomes de João Zúquete da Silva e Alexandre Filipe Fonseca, respectivamente, ex-líderes da Oni e da Cabovisão. Estas duas empresas da Altice estão em processo de venda, uma condição imposta por Bruxelas para aprovar o negócio. Luis Nascimento, João Sousa, Helena Féria e Marta Neves são os restantes membros.

A compra da PT Portugal pela Altice foi concluída em Junho.  O grupo liderado pelo francês Patrick Drahi e pelo português Armando Pereira desembolsou 5,789 mil milhões de euros, dos quais 4,920 mil milhões de euros foram recebidos, em caixa, pela Oi e 869 milhões de euros foram destinados a imediatamente quitar dívidas da PT Portugal em euros. A gestão da PT Portugal despediu-se na mesma altura e foi totalmente substituída.

Uma semana depois de assumir o controlo, a nova equipa da Altice convocou os sindicatos e a comissão de trabalhadores para revelar que a estrutura da empresa vai ser simplificada e que o número de hierarquias e empresas do grupo vão diminuir. De acordo com o comunicado divulgado na altura pelo Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom, isso obrigará a maior mobilidade dos trabalhadores nas áreas em que a empresa opera.

Armando Pereira já veio adiantar que o objectivo da PT é investir em fibra óptica, fazendo-a chegar a dois milhões de casas, e segundo o sindicato, assegurou que os compromissos assumidos anteriormente com os trabalhadores, entre eles o respeito pelos acordos de suspensão e pré-reformas, serão cumpridos.