Presidente da Google visita Cuba para promover “Internet livre”

Eric Schmidt fez uma visita guiada à Universidade de Ciências Informáticas. Cuba é um dos países com menor acesso à Net. As páginas que criticam o regime são bloqueadas e os habitantes não podem ter acesso em casa.

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Cubanos não podem ter Internet em casa Paulo Pimenta

O presidente da Google, Eric Schmidt, viajou para Cuba esta semana para “promover as virtudes de uma Internet livre e aberta”, noticiou este domingo o diário espanhol El Pais. Schmidt, que foi recebido pelas autoridades de Havana, fez-se acompanhar por altos dirigentes da empresa norte-americana como Jared Cohen, Brett Perlmutter e Dan Keyserling.

Este sábado, os responsáveis da Google realizaram uma visita guiada à Universidade de Ciências Informáticas depois de se terem encontrado com jovens estudantes de escolas politécnicas. Cuba é um dos países em que os habitantes têm menor acesso à Internet. Aliás, a maioria das páginas que criticam o regime são bloqueadas. Os cubanos não têm a possibilidade de contratar serviços de fornecimento de Internet para as suas casas.

Segundo o El Pais, a instalação de um cabo de fibra óptica que liga a ilha à Venezuela não melhorou a disponibilização do serviço de Internet, apenas disponível em alguns hotéis e cerca de 200 cibercafés.

Durante a estadia, os dirigentes da Google aproveitaram para visitar a pequena redacção do portal de notícias 14ymedio, criado por Yoani Sánchez em Maio deste ano. Trata-se de uma “redacção carente de Internet, mas com um forte compromisso com a realidade cubana actual”, explicou Yoani Sánchez, citada pelo El Pais.

De acordo com o jornal espanhol, a visita foi preparada com meses de antecedência. Já em 2003, o presidente da Google tinha garantido que Cuba estava no topo das suas prioridades. Em Janeiro do ano passado, Eric Schmidt viajou também para a Coreia do Norte, onde aproveitou para explicar às autoridades as vantagens da Internet.

“A forma mais rápida para o crescimento económico do país é ter acesso livre à Internet. Foi isto que lhes expliquei”, explicou na altura o líder da Google.   

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