Presidente da Fidelidade diz que Fosun traz perspectivas de crescimento

O líder da seguradora refere que a gestão foi acolhida de forma "excepcional e amigável" pelo novo accionista chinês.

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Líder diz que a companhia tem quadro accionista ideal Nuno Ferreira Santos

O presidente da Comissão Executiva da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia, afirmou esta terça-feira que a equipa de gestão da seguradora foi acolhida pela Fosun de forma "excepcional e amigável" e que a empresa chinesa trouxe "fundamentalmente um grande aumento das perspectivas".

"No caso da Fidelidade, a forma como a equipa de gestão foi acolhida pela Fosun foi excepcional e amigável, sentimo-nos rapidamente parte de uma família. A relação de proximidade que é possível ter com a administração da Fosun seria quase impensável num curto espaço de tempo obter no mundo internacional ocidental", disse Jorge Magalhães Correia.

O presidente da Comissão Executiva da Fidelidade falava durante a sua intervenção no âmbito da apresentação do Portugal Economy PE Probe em chinês, que decorreu em Lisboa, no Museu do Oriente, com o apoio da Fundação Oriente.

Jorge Magalhães Correia definiu o quadro accionista da Fidelidade, privatizada há cerca de um ano: "É um quadro accionista quase ideal, dois accionistas que se complementam, a Caixa Geral de Depósitos, na expansão e distribuição e que nos ajuda a reforçar a reputação e a imagem em Portugal, e a Fosun, que nos trouxe fundamentalmente um grande crescimento nas expeptativas e perspectivas de crescimento".

O gestor falou das diferenças e das características da cultura portuguesa que também permitem a atractividade do mercado ou de uma empresa. "Trabalhamos, portugueses e chineses, com diferentes noções de tempo e escala", disse.

Quanto ao tempo, explicou que a Fidelidade "tem bastante menos horas de descanso do que tinha", porque acrescem agora as horas decorrentes dos diferentes fusos horários e o trabalho nos fins de semana, e sublinhou o aumento da agilidade das decisões e da execução. "O que se espera de nós é que façamos num ano o que fazíamos normalmente em três", afirmou.

Sobre a diferente noção de escala, considerou que a mesma existe na bordagem dos problemas."Nós olhamos mais para as árvores e eles olham mais para a floresta, estamos mais habituados a olhar para o ocidente, os nossos accionistas olham mais para o mundo inteiro. Só essa forma aberta permitiria às empresas chinesas investirem em Portugal, um país distante, pequeno e com algumas dificuldades económicas", disse.

O gestor sublinhou também os benefícios do investimento para os chineses na Europa, em particular em Portugal, já que "investir no velho continente é excelente para adquirir experiência e know-how [conhecimento], sobretudo no sector segurador", que ainda é muito regulado e pouco liberalizado na China.

De forma geral, Jorge Magalhães Correia caracterizou a experiência como "positiva e que permitiu à Fidelidade continuar a crescer e a expandir-se para outras áreas e até negócios", disse.

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