Entre os 6500 inquiridos de 12 países europeus, os portugueses são os que admitem comprar mais produtos de marca da distribuição. Um estudo do Observador Cetelem diz que, em média, 96% dos consumidores optam por este tipo de produtos, geralmente mais baratos em comparação com as marcas da indústria. Na média europeia, a percentagem desce para 86%.

Quando questionados sobre se, nos próximos anos, vão continuar a optar por este tipo de bens, que ostentam a marca das cadeias de retalho, 97% dos portugueses admitem que sim. A busca pelo preço mais barato é o principal impulsionador das compras desde que a crise financeira se agudizou. Nos últimos anos, os operadores da grande distribuição alimentar têm reforçado as campanhas de descontos e promoções para tentar captar clientes às lojas e fidelizar consumidores. Neste cenário, e com menos dinheiro para gastar, os portugueses passaram a planear mais as compras antes de saírem de casa e definiram orçamentos. Dão prioridade às promoções e ajustam as suas escolhas em função do preço.

Dados da empresa de estudos de mercado Kantar Worldpanel revelam ainda que, em 89% dos lares, pais, filhos e avós estão envolvidos no controlo de despesas, mais do que em 2009 (75%). Neste contexto, 85% das famílias dão especial atenção aos descontos e 40% preparam comida para levar para o trabalho.

Os dados recolhidos pelo Observador Cetelem, patrocinado pela Cetelem (empresa que concede crédito a particulares), revelam ainda que 87% dos portugueses procuram sistematicamente o preço mais baixo (82% na média europeia). Além disso, 50% preferem não privilegiar a qualidade e comprar em maior quantidade (38% na média dos 12 países).