Portugueses quase só aplicam dinheiro nos Certificados do Tesouro

Certificados de Aforro atraíram apenas cinco milhões de euros em Agosto.

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Novo produto de poupança coloca dívida pública junto dos particulares Andrea Comas/Reuters

As poupanças aplicadas pelos portugueses nos certificados do Estado mantiveram o ritmo de subida, totalizando 169 milhões de euros em Agosto, mais 11,1% que os 152 milhões de euros de Julho, e com uma clara preferência pelos Certificados do Tesouro, em detrimento dos Certificados de Aforro.

O Boletim Estatístico do Banco de Portugal, publicado esta segunda-feira, revela que as subscrições em Certificados do Tesouro Poupança Mais, que actualmente oferecem uma taxa de juro substancialmente mais alta, atraíram 164 milhões de euros. Em Junho, o valor tinha ficado em 132 milhões de euros.

Nos Certificados de Aforro, a variação do saldo ficou-se por 16 milhões de euros, incluindo 11 milhões de capitalizações (juros e prémios de permanência). Sem essa capitalização, as novas subscrições ficam-se por cinco milhões de euros, o mesmo valor que em Julho.

Com uma rentabilidade actual de 2,25% brutos, muito abaixo dos 5% antes do corte de taxas aplicado em Fevereiro, o saldo acumulado dos Certificados do Tesouro ascende a 7218 milhões de euros.

O saldo acumulado dos Certificados de Aforro ascende a 12.732 milhões de euros, o que se justifica pela sua longevidade (os Certificados do Tesouro são bem mais recentes). Este produto oferece uma taxa de juro mais baixa, influenciada pela queda da Euribor, a que estão associados, já está abaixo de 1% (contra 3% antes da alteração feita no início do ano).

Apesar da quebra de remuneração dos produtos do Estado, os juros oferecidos pelos depósitos bancários continuam muito baixos, sem concorrência face aos produtos de dívida pública em termos de retorno da poupança aplicada.

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