Portugueses aplicaram em Junho mais de 400 milhões de euros em dívida do Estado

Ritmo de colocação de Certificados de Aforro e do Tesouro voltou a aumentar.

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O reduzido impacto da descida da taxa de juro na prestação mensal é explicado pelo aumento da componente de amortização Manuel Roberto

Depois do crescimento de Maio, que já tinha sido o melhor mês desde 2008, a aplicação de poupanças em produtos do Estado voltou a aumentar em Junho, para um total de 413 milhões de euros, revela o boletim mensal do IGCP, divulgado esta segunda-feira.

Os dados da agência responsável pela gestão da dívida pública mostram que os certificados de aforro atrairam 202 milhões de euros, e foram resgatados 51 milhões de euros, o que dá um saldo líquido de 151 milhões de euros, ligeiramente acima de Maio.

Nos certificados do Tesouro Poupança Mais, as novas subscrições totalizaram 211 milhões de euros, com apenas um milhão de euros de resgates. Neste produto - que oferece taxas superiores a 5% (taxa anual bruta) no quarto e quinto ano -, o levantamento pode ocorrer um ano depois da subscrição.

Desde o início do ano, os portugueses já aplicaram nos produtos do Estado 1849 milhões de euros, elevando o saldo dos Certificados de Aforro a 10.856 milhões de euros e dos Certificado do Tesouro Poupança Mais a 3151 milhões de euros.

As rentabilidades oferecidas, que no caso dos Certificados de Aforro estão acima dos 3% (taxa anual bruta), não têm paralelo nos tradicionais depósitos bancários e essa é a principal razão para o crescimento que estes produtos têm vindo a registar.

A instabilidade do Grupo Espírito Santo, mais acentuado no corrente mês de Julho, também poderá ajudar a explicar a preferência dos portugueses pelos produtos do Estado.

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