Portugal garante maior quota de pesca no bacalhau, pescada e carapau

Armadores vão poder intensificar a pesca de bacalhau, pescada e carapau, mas terão de reduzir a captura de tamboril, raia e lagostim.

Foto
Em 2012, as quotas aumentaram, em média, 6% Miguel Madeira

Ao fim de 15 horas de reunião de ministros europeus das Pescas, Portugal conseguiu um aumento global de 2,5% das quotas de pesca para 2013, um resultado que Assunção Cristas considera “uma boa negociação” e uma boa notícia para os armadores portugueses.

A quota de bacalhau vai aumentar 20%, o que significa que a captura pode subir para 7783 toneladas. No carapau, o reforço é de 31%, para as 5319 toneladas, ao passo que na pescada a quota aumenta 15%, para as 4224 toneladas.

Pelo contrário, baixam as quotas de pesca de raia, lagostim e tamboril. Segundo a Lusa, a maior perda percentual (de 25%) regista-se neste último, passando a quota para 410 toneladas. Na raia, haverá no próximo ano uma diminuição de 10%, para as 660 toneladas. A mesma redução acontece no caso da quota do lagostim, que baixa par as 184 toneladas.

Ouvida em Bruxelas pelos jornalistas no final da reunião, a ministra Assunção Cristas, que tem a tutela das Pescas, considerou o aumento “muito positivo”. A negociação foi “dura” e “intensa” – as negociações começaram na tarde de quarta-feira e só terminaram ao início da manhã desta quinta-feira. Mas o resultado é bom para Portugal, defendeu a governante.

“Conseguimos, pelo segundo ano consecutivo – e creio de não há memória que tenha acontecido alguma vez – ter um aumento nas nossas quotas”, afirmou, frisando que o aumento médio é de 6% este ano. “E estamos a falar de 2,5%, quando a Comissão Europeia propunha inicialmente uma diminuição de 11%”, segundo declarações captadas pela rádio TSF.

Mais positivo, disse, é o aumento de 20% para a captura de bacalhau – “um peixe que nos é muito caro”. Assunção Cristas considerou o reforço relevante e como um sinal de que a Comissão Europeia considera que Portugal tem pescas sustentáveis e “que respeitam os pareceres científicos”.

Sugerir correcção
Comentar