Portugal é o país da Europa onde os carros novos menos poluem

Os impostos que beneficiam os carros menos poluentes e a compra de veículos mais pequenos contribuem para que a frota vendida no país em 2011 seja a mais limpa da UE.

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A Toyota, a Fiat e a Peugeot-Citroën já atingiram, este ano, a meta de emissões para 2015 Toru Hanaireu/Reuters

Entre os 27 Estados-Membros da União Europeia, Portugal ocupa o primeiro lugar no que diz respeito à emissão de dióxido de carbono pelos novos veículos ligeiros. A frota vendida em 2011 no país foi a que menos poluiu, segundo um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), divulgado esta quarta-feira.

Segundo a Quercus, que integra esta federação, há vários motivos que explicam este bom comportamento do país. “A frota média é dominada por veículos de dimensões mais reduzidas (e menos poluentes) do que a média dos países da UE e a carga fiscal beneficia os veículos menos poluentes.” A crise económica teve também o seu papel, já que levou a uma redução nas vendas de novos veículos, sendo que, entre os que adquiriram carro novo, a preferência foi para os mais eficientes.

Em média, os veículos novos vendidos em Portugal no ano passado emitiram 122,8 gramas de dióxido de carbono por quilómetro percorrido. Em segundo lugar ficou Malta (124,5gCO2/km) e em terceiro a Dinamarca (125gCO2/km).

O estudo adianta ainda que os fabricantes de automóveis europeus estão a conseguir produzir veículos mais eficientes do que os seus concorrentes asiáticos, com excepção da Toyota. “Todos os fabricantes europeus (excepto a Daimler AG) estão entre os primeiros nove lugares com bom desempenho, enquanto cinco dos últimos seis fabricantes automóveis com pior desempenho são asiáticos”, lê-se no comunicado da Quercus. De 2006 – ano em que a T&E começou a fazer estas avaliações - até ao ano passado, a indústria automóvel conseguiu reduzir os consumos de combustível e as emissões de dióxido de carbono em 3,3%. “Entre as principais marcas automóveis, a Fiat, a Toyota e a Peugeot-Citroën já atingiram, em 2012, a meta de emissões para 2015”, que é de 130gCO2/km, diz o comunicado da Quercus.

Francisco Ferreira, da associação ambientalista, diz que é fundamental que a indústria automóvel continue neste caminho. E dá pistas: “O peso dos veículos é um factor determinante para reduzir o consumo de combustível e emissões e obter grandes poupanças em facturas de combustível, e muito pode ainda fazer-se neste campo.”

 

 
 
 
 

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