Portugal é o país da Europa com maior aumento no registo de novos carros

O número de novos registos de viaturas ligeiras de passageiros cresceu 37,7%, muito acima da média europeia.

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Registo de novos veículos ligeiros e passageiros cresceu 6,5% na União Europeia miriam lago

No primeiro semestre, Portugal foi o país da União Europeia (UE) a registar o maior aumento de registos de novos automóveis ligeiros de passageiros. De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, em comparação com o ano passado, o número cresceu 37,7% para um total de 75.780 veículos registados, mas isso não significa que tenham sido todos vendidos.

O sector automóvel tem sentido fortemente a crise económica, que levou a uma acentuada redução do consumo. Ainda que significativa, esta subida surge depois de um período difícil para os fabricantes. Para alcançar objectivos de vendas, os stands também promovem o registo de novas matrículas, tendo os veículos à disposição na loja. Essas unidades podem ser vendidas mais tarde, muitas vezes, com redução no preço.

Na União Europeia, o registo de novos automóveis cresceu 6,5%. Depois de Portugal, só a Croácia conseguiu atingir crescimentos na casa dos 30%. Seguem-se a Roménia, Irlanda e Hungria, países com evolução positiva (entre 27,2% no caso da Roménia e 23,4% na Irlanda). Os principais mercados também registaram aumentos: na Alemanha houve mais 2,4% de novos registos, em França 2,9% e no Reino Unido 10,6%.

Analisando apenas o mês de Junho, a Alemanha foi o único dos principais mercados a encolher (-1,9%). Os restantes mostram desempenhos mais positivos em comparação com o mesmo mês de 2013. Portugal também seguiu a tendência de crescimento expressivo: foram registados mais 23,5% de veículos em Junho, de 12.735 em 2013 para 15.733 em 2014.

Quanto aos fabricantes, o grupo Volkswagen (com a maior quota de mercado na UE) registou mais 7,4% de veículos no primeiro semestre (para um total de mais de 1,5 milhões). Mas a marca que maior crescimento obteve foi a Mazda (55,4% para 85 mil unidades). O Grupo PSA reduziu a sua presença no mercado com menos 0,1% de novas matrículas, mas a marca Peugeot conseguiu crescer 3,4% (a quebra foi impulsionada pela Citroën, que reduziu os novos automóveis em 4,1%). Depois da Mazda, a maior evolução positiva foi protagonizada pela Renault – o terceiro fabricante de automóveis com maior quota na UE cresceu 23,9%, muito graças à sua marca low cost, Dacia (+32,8%).

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