Portugal e Moçambique assinam acordo para parcerias em recursos minerais

Além da Galp, a presença portuguesa no sector ainda é incipiente

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Moreira da Silva chegou à entrevista final, mas não foi o escolhido Tiago Machado

Empresas portuguesas e moçambicanas vão formar parcerias para a exploração de recursos minerais em Moçambique, ao abrigo de um memorando de entendimento que os governos dos dois países assinaram na quinta-feira em Maputo.

O acordo para a participação de companhias portuguesas na extracção de recursos minerais em Moçambique foi assinado pelo ministro português do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, e pela ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no último dia da visita de três dias que o primeiro-ministro português, Passos Coelho, realizou a Moçambique.

"Moçambique é um país para o qual todo o mundo olha com uma grande esperança na perspectiva de um desenvolvimento económico baseado nos recursos minerais e geológicos", afirmou Jorge Moreira da Silva, após a assinatura do memorando do entendimento.

O ministro afirmou que Portugal também tem a aprender da experiência de Moçambique no domínio dos recursos minerais, uma vez que o país tem sido palco nos últimos anos de importantes descobertas de recursos, nomeadamente petróleo e gás.

Por seu turno, a ministra moçambicana dos Recursos Minerais afirmou que o acordo assinado com Portugal vai proporcionar uma cooperação mais efectiva no sector, tendo destacado a formação de quadros moçambicanos em instituições portuguesas como um dos alicerces do entendimento.

"Através deste memorando, será possível cooperarmos de uma forma mais efectiva. Este é um bom momento em Moçambique, em que estamos a conhecer melhor os recursos do subsolo do país e temos feito grandes descobertas de recursos naturais", acrescentou Esperança Bias.

O acordo assinado na quinta-feira é mais um passo na cooperação entre os dois países na área dos recursos minerais, uma vez que Portugal tem ajudado Moçambique no mapeamento de áreas potencialmente detentoras de recursos minerais, na vertente científica da colaboração no sector.

Apesar desse envolvimento, Portugal tem uma presença incipiente ao nível do empresariado do ramo dos recursos minerais, apesar da destacada participação da Galp no consórcio de pesquisa de gás na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique.

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