Portugal assina com a Autoeuropa contrato de investimento de 677 milhões

Contrapartidas dadas pelo Estado não foram reveladas.

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António Melo Pires e Miguel Frasquilho, na assinatura do contrato Rui Gaudêncio

A Volkswagen Autoeuropa e o Estado formalizaram nesta quarta-feira um investimento de aproximadamente 677 milhões de euros ao longo de cinco anos, que servirá para adaptar a fábrica de Palmela à produção de novos modelos de automóveis do grupo alemão.

O investimento da empresa, que já tinha sido anunciado oficialmente no final de Março, permitirá a criação de 500 empregos directos e, tendo em conta o rácio dos anos anteriores, poderá significar cerca de 1500 novos postos de trabalho na rede de fornecedores da fábrica.

“É certamente o maior investimento em Portugal nos últimos anos”, notou o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, na cerimónia de assinatura, em que participou ainda o ministro da Economia, António Pires de Lima. Portas elogiou a capacidade exportadora da Autoeuropa – que contribui para cerca de 3% das vendas nacionais para o estrangeiro –  e a estratégia laboral da empresa, afirmando que, na Autoeuropa se aplica "o que de melhor tem o modelo social europeu” e há uma “negociação social permanente”.

O contrato foi assinado entre o director-geral da Autoeuropa, António Melo Pires, e o novo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o deputado social-democrata Miguel Frasquilho, que afirmou que o investimento deverá permitir duplicar o volume de exportações. Aos jornalistas, Frasquilho recusou-se a especificar as contrapartidas dadas pelo Estado para captar o investimento alemão. Paulo Portas, por seu lado, disse tratar-se da “conclusão de um trabalho intenso entre as duas partes”.

A Autoeuropa está em Portugal desde 1995, começando por ser uma parceria entre a Volkswagen e a Ford. Hoje, é detida inteiramente pelo grupo alemão. Desde a criação, e excluindo o novo investimento, já investiu cerca de 3500 milhões em Portugal.

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