A Pharol anunciou esta terça-feira que vai avançar com um programa de compra de acções próprias. A accionista da brasileira Oi convocou uma assembleia geral para dia 4 de Novembro para aprovar a recompra de até 7,7% do capital da sociedade, a ocorrer num prazo máximo de dezoito meses.

O momento da aquisição será, contudo, definido pelo conselho de administração em função da “situação do mercado e as conveniências ou obrigações da sociedade, podendo efectuar-se por uma ou mais vezes nas proporções que o conselho de administração fixar", refere o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A contrapartida oferecida aos accionistas será “não inferior em mais de 25% à cotação média” na bolsa portuguesa das acções a alienar durantes as três sessões de mercado anteriores à alienação, diz a convocatória da Pharol.

As acções da empresa que tem como activos 27,5% da Oi e a dívida de 897 milhões de euros da Rioforte fecharam a subir 2,78%, para 0,296 euros, nesta terça-feira.

O presidente da holding, Luís Palha da Silva, tinha admitido recentemente, em entrevista ao Diário Económico, a possibilidade de a Pharol comprar acções próprias para remunerar os accionistas. “Parece-nos uma das formas mais interessantes de devolver dinheiro aos accionistas, até porque estamos a fazer contas aos excedentes de tesouraria e sentimos que é possível fazer um esforço", disse então  gestor.

A Pharol anunciou na semana passada que vai processar três antigos administradores da PT, Henrique Granadeiro, Luís Pacheco de Melo e Amílcar Morais Pires, que considera responsáveis pelo investimento ruinoso na Rioforte.

Segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, a holding está a ponderar também responsabilizar Zeinal Bava, ex-presidente da PT, por decisões de endividamento relacionadas com os investimentos na Espírito Santo Internacional (ESI).