Os comboios de longo curso da CP estão a circular com normalidade, mas o impacto da greve de maquinistas e revisores de quinta-feira ainda deverá sentir-se ao início da tarde noutros serviços da transportadora ferroviária.

Os sindicatos que representam os maquinistas e revisores da CP cumpriram  mais uma paralisação em dia de feriado, contra a redução do valor pago aos trabalhadores nestes dias de descanso, uma alteração introduzida no novo código laboral. Nos urbanos de Lisboa e Porto, a circulação de composições estará a funcionar sem atrasos e supressões ainda esta manhã, adiantou a porta-voz da CP, Ana Portela.
As perturbações vão continuar durante mais tempo nos serviços regionais, que só deverão estar normalizados ao início da tarde, confirmou ao PÚBLICO.

Nos comboios de longo curso, ainda houve supressões, mas os serviços Alfa Pendular e Intercidades estão a circular sem problemas.

O feriado de quinta-feira foi um dia quase sem circulação de comboios a nível nacional. De acordo com o último balanço da CP, realizaram-se apenas 18 comboios dos 850 a 900 que estariam programados para o feriado.

Os trabalhadores da CP vão continuar em protesto durante cerca de um mês, fazendo greve em situações concretas, como por exemplo, a prestação de trabalho “não contido entre as horas de entrada e serviço de saído do período normal de trabalho atribuído nas escalas de serviço”.

As diferentes paralisações, convocadas separadamente pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), o Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) acontecem nos mesmos termos em que os trabalhadores têm feito greve ao longo deste ano. As perturbações deverão ser, por isso, pontuais, sem grande impacto na circulação.

O SMAQ e o SFRCI, os dois sindicatos que a Lusa refere como os mais representativos do universo de trabalhadores da CP, apresentaram pré-aviso de greve para 14 de Novembro, dia de greve geral convocada pela CGTP.