PCP: Não basta substituir governador do Banco de Portugal

Deputado comunista Francisco Lopes defende uma “efectiva soberania nacional” nas decisões do regulador da banca

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Francisco Lopes Nuno Ferreira Santos

O deputado do PCP Francisco Lopes defendeu neste sábado que não basta substituir o governador do Banco de Portugal no cargo, sublinhando que é necessária uma "efectiva soberania nacional" nas decisões da instituição.

"É indispensável que entre todas as medidas que são necessárias passe também por uma outra opção no plano do Banco de Portugal, acompanhado de uma efectiva soberania nacional relativamente à própria decisão do Banco de Portugal, porque não basta apenas alterar o governador do Banco de Portugal", afirmou Francisco Lopes, em declarações aos jornalistas à margem do XIII Congresso da CGTP, em Almada.

Contudo, acrescentou, o actual governador do Banco de Portugal "está profundamente ligado aquilo que fez o Governo PSD/CDS nos últimos anos, está com essa matriz, não está disponível nem tem nenhuma opção de fazer diferente".

De qualquer forma, insistiu, "não chega alterar o governador do Banco de Portugal".

Na edição de hoje do semanário Expresso, Carlos Costa responde às críticas de António Costa à actuação do Banco de Portugal dizendo que "seria curioso" demitir-se "por um pequeno incidente".

Relativamente à reivindicação da CGPT da subida do salário mínimo para os 600 euros, o deputado do PCP vincou a necessidade de "repor, defender e conquistar direitos", considerado ser necessário avançar do ponto de vista do aumento dos salários.

"Nós [PCP] defendemos um aumento para os 600 euros no início de 2016. Não sendo possível no início de 2016, entendemos como muito positiva esta afirmação do CGTP dos 600 euros em 2017", referiu.

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