Paulo Portas lidera missão empresarial portuguesa a Cuba

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Para Paulo Portas, "a troika é sempre algo de vexatório" Nuno Ferreira Santos

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, inicia neste domingo uma visita oficial a Cuba, acompanhando 30 empresas portuguesas, que vão participar na inauguração da Feira Internacional de Havana, onde o Governo cubano irá anunciar uma carteira de 240 novos projectos aprovados.

Portugal estará representado, pela primeira vez, na Feira Internacional de Havana 2014, o maior certame comercial de Cuba e uma das apostas das autoridades de Havana no seu plano de abertura económica.

A missão empresarial portuguesa integra empresas de sectores de actividade como as máquinas e materiais de construção, tecnologias, pesca e conservas, hotelaria e moldes, entre outros.

De acordo com fonte oficial do Governo, Paulo Portas terá encontros com diversos membros do Governo cubano e com o presidente da Conferência Episcopal de Cuba, o cardeal Jaime Ortega.

A missão empresarial será uma das mais representativas de Portugal a visitar a ilha caribenha, segundo a embaixadora cubana em Lisboa.

Johana Tablada de La Torre disse à Lusa que a missão empresarial, organizada sob a chancela da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), faz parte de "um processo de aprofundamento das relações em todos os sectores entre países vizinhos no Atlântico”.

Para a diplomata, Portugal e Cuba têm pontos em comum, desde questões demográficas a questões geográficas, mas também enfrentam “desafios semelhantes como o envelhecimento da população”.

Nesse sentido, de acordo com Johana Tablada de La Torre, Cuba precisa de ter “um relacionamento forte com Portugal”, identificando algumas áreas importantes: “indústria, biotecnologia e construção”.

Na feira, segundo explicou a diplomata, Cuba vai anunciar uma nova carteira de projectos para negócios aprovada pelo governo de Havana.

“São mais de 240 projectos novos nas mais diversas áreas”, destacou a representante, sublinhando ainda que a ilha liderada por Raul Castro conta com uma nova lei de investimento que apresenta “um regime tributário muito atractivo”.

Sobre as aquisições cubanas em Portugal, Johana Tablada de La Torre deu o exemplo das empresas cubanas da área do turismo (um dos sectores com maior peso no Produto Interno Bruto cubano) que assinaram este ano contratos para adquirir produtos portugueses, nomeadamente têxteis e materiais para hotelaria.

A embaixadora acrescentou que Havana também está interessada na aquisição de outros produtos, “coisas que não constavam anteriormente na balança comercial”, como carnes portuguesas e vinhos.

 

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