Passos reconhece que ajustamento prosseguirá “durante muitos anos”

Líder do Executivo falou em luta pela “sobrevivência nacional”.

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Passos: "O programa terminará em Maio de 2014"

O primeiro-ministro reiterou nesta segunda-feira a crença numa "nova restauração nacional", aquando do final do programa de assistência da troika, em Maio de 2014, mas alertou para que o "ajustamento prosseguirá" e "não é apenas financeiro".

A ideia já surgia na nota prévia de Luís Fontoura, que o almirante Vieira de Matias repescou na sua intervenção, no lançamento do livro Segurança e Defesa Nacional – Um Conceito Estratégico.

Na revisão do Conceito Estratégico, chegara-se à conclusão que o país lutava “hoje, desesperadamente, pela sua sobrevivência imediata como Estado-Nacional”. E Passos Coelho – que participou esta segunda na cerimónia no Palácio da Independência, em Lisboa,  para agradecer o trabalho de “sábios” como Adriano Moreira, Loureiro dos Santos, Pinto Balsemão – decidiu acrescentar algo.

Citando os “desafios imediatos”, reconheceu a luta pela “sobrevivência nacional”. Mas depois veio a justificação para a presente situação. Não causada pelo pedido de resgate mas antes por “um cúmulo” de anos de governação. As “fundações” para Portugal ser agora um país resgatado eram “bastante mais fundas, que não se conseguem alterar apenas com um programa de assistência”.

E por isso garantiu que mesmo depois do fim desse programa, em Junho de 2014, “o ajustamento prosseguirá”: “E este não é apenas financeiro, irá projectar-se durante muitos anos”.

Isto apesar de “estarmos já próximos de um marco importante” – Junho de 2014 – que representava a “primeira fase de emergência nacional”. Mas, frisou, que significava “um primeiro passos, que não é o único”. Daí a inevitabilidade do prosseguimento do ajustamento por mais anos. E que teria “tanto mais sucesso”, quanto maior fosse a adesão a esse esforço na sociedade e partidos políticos. 

 Notícia substituída às 21h21. Trocada notícia da Lusa por notícia do PÚBLICO.

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