Países fora da OPEP comprometem-se a cortar produção de petróleo

Objectivo é retirar do mercado cerca de 600 mil barris de petróleo por dia, a partir de Janeiro.

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Corte na produção deverá ter efeitos no início de 2017 Heink-Peter Bader/Reuters

Pela primeira vez desde 2001, os países que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegaram a acordo, neste sábado, com os 13 países da organização para também reduzirem a sua produção a partir de 1 de Janeiro de 2017. O compromisso passa por tirar do mercado 588 mil barris de petróleo por dia.

“Tenho o prazer de anunciar que um acordo histórico foi alcançado”, disse na tarde deste sábado o presidente da OPEP e ministro da Energia do Qatar, Mohamed Saleh Al-Sada, no final da reunião que decorreu em Viena.

A Rússia dará o contributo mais importante para o acordo e já tinha anunciado que reduziria a sua oferta em 300 mil barris por dia. Os outros países a participar no esforço agora acordado serão o México, Cazaquistão, Malásia, Omã, Azerbaijão, Bahrein, Guiné Equatorial, Sudão do Sul, Sudão e Brunei, acrescentou o responsável da OPEP, citado pela AFP.

Os detalhes ainda não são conhecidos, nomeadamente qual a redução que será assegurada por cada um dos 11 países fora da OPEP que assinaram o acordo.

O corte de 588 mil barris agora anunciado vem juntar-se aos 1,2 milhões de barris por dia que os países da OPEP se comprometeram a reduzir no inicio do próximo ano, num acordo assinado na semana passada. Ao todo, a oferta global dos países produtores deverá baixar em cerca de 1,8 milhões de barris por dia durante o próximo ano. 

O objectivo final desta redução de disponibildiade de petróleo é potenciar o aumento dos preços que, desde 2014, têm vindo a cair de forma sustentada.

A expectativa deste acordo já tinha sido antecipada pelos mercados no final da semana passada, com o barril de Brent a valorizar-se 0,81%, fechando a semana nos 54,33 dólares.

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