OE não inclui impactos das contas de empresas públicas no défice e dívida

Só a Parpública e os hospitais-empresa podem vir a acrescentar 200 milhões ao défice e 5700 milhões à dívida.

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As contas de empresas públicas de transportes, como a CP e a Carris, podem também vir a entrar para os cálculos Nuno Ferreira Santos

A proposta de Orçamento do Estado para 2014 não antecipa a existência de qualquer impacto de futuras reclassificações estatísticas em empresas públicas, apesar de esse cenário ser neste momento considerado como praticamente inevitável e poder conduzir em 2014 a um aumento da dívida em 5700 milhões de euros e a um agravamento do défice superior a 200 milhões.

As autoridades estatísticas europeias têm agendada uma revisão do Sistema Europeu de Contas (SEC) para o próximo mês de Setembro, com o défice público e a dívida dos Estados-membros da União Europeia a serem recalculados com base nas novas regras já no ano de 2014. Tendo em conta a forma como irá ser feita esta revisão e as características de diversas empresas públicas que neste momento não contam para o défice e dívida do Estado, é dada como certa uma deterioração destes indicadores.

O PÚBLICO apurou que, em 2014, pelo menos a Parpública (holding que gere as participações do Estado em empresas) e os hospitais EPE vão ser reclassificados, passando a contar para o défice e para a dívida. E estão ainda a ser analisados os casos de empresas públicas de transportes, como a CP e a Carris.

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