OCDE melhora previsões para Portugal, mas prevê subida da dívida pública

Previsões de crescimento para economia nacional ficam ligeiramente abaixo da média europeia.

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Ritmo de crescimento económico esperado para Portugal fica, no entanto, aquém do valor esperado para a média da zona euro PÚBLICO/Arquivo

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que a economia portuguesa cresça 1,1% em 2014, uma revisão em forte alta face aos 0,4% que previa há seis meses. Mas as previsões da organização para a evolução da dívida pública também são de crescimento até 2015.

 As previsões para o crescimento económico português no corrente aproximam-se agora das estimativas do Governo, que são de 1,2%. Para 2015, a OCDE antecipa um crescimento de 1,4%, acima de 1,1% de há seis meses, revela no relatório divulgado nesta terça-feira.

 O ritmo de crescimento avançado para Portugal fica, no entanto, aquém do valor esperado para a média da zona euro, que é de 1,2% em 2014 e 1,7% em 2015.

O Economic Outlook de Primavera revela que a dívida pública de Portugal vai continuar a subir até 2015, atingindo os 131,8% do Produto Interno Bruto (PIB). para a organização, o país precisa de adoptar medidas de consolidação orçamental até 2030, de forma a reduzir a dívida pública para o patamar dos 60% do PIB.

A OCDE adianta que Portugal e um conjunto de outros países, designadamente o Canadá, a França, a Hungria, a Islândia, a Irlanda, Itália e a Polónia, precisam de realizar uma consolidação orçamental média entre 1 e 3% do PIB.
Foi assinado memorando que abre a porta a projecto de expansão do terminal portuário que irá criar 200 postos de trabalho.

As previsões da OCDE para a evolução da dívida são mais pessimistas do que as do Governo português, que no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) prevê que atinja os 130,2% este ano e recue para 128,7% em 2015.

No que respeita à evolução das contas públicas, a OCDE admite como possível o cumprimento do défice de 4%, como acordado com a troika e antecipa que o valor fique em 2,4% em 2015, abaixo da meta prevista de 2,5%.

As previsões para a evolução da inflação também não são positivas. A organização refere que “existe um risco de deflação”, o que, a materializar-se, torna ainda mais difícil a redução da dívida acumulada.

O índice harmonizado dos preços ao consumidor (HIPC) deverá recuar para 0,3% em 2014, aumentando ligeiramente para 0,4% em 2015.

No que se refere ao desemprego, a previsão da OCDE para este ano é de uma descida mais acentuada, para os 15,1% . As previsões do Governo e da troika apontam para uma taxa de 15,4%. As previsões do desemprego para 2015 são coincidentes com as do Governo e da troika, ou seja, 14,8%.

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